A CIA (agência de inteligência dos EUA) chegou à conclusão de que o presidente de Cuba, Fidel Castro, está com o mal de Parkinson e de que ele pode encontrar dificuldades para continuar governando o país, caso seu estado de saúde piore, disse uma autoridade nesta quarta-feira.
A avaliação, feita nos últimos meses, sugere que a doença debilitante, mas não fatal, avançou o suficiente para fazer aparecerem cogitações entre os líderes americanos a respeito do futuro do país caribenho nos próximos anos.
- A avaliação é de que ele possui a doença e de que ela avançou. Parece que há mais sinais visíveis (da doença) - disse uma autoridade americana familiarizada com o relatório.
Membros do atual governo dos EUA e membros do Congresso do país foram informados sobre a última avaliação a respeito de Fidel. O líder cubano, de 79 anos, está no poder desde 1959, quando revolucionários comandados por ele tomaram o poder.
Diplomatas americanos, no entanto, tentaram tirar peso do relatório da CIA, afirmando não estar usando tais informações para tomar decisões políticas a respeito de Fidel ou de Cuba.
- Estamos vendo um processo no qual ele esteja perdendo o controle sobre o poder? Não - disse uma autoridade do Departamento de Estado dos EUA, que pediu para não ter sua identidade divulgada.
- Não estamos de forma nenhuma adaptando nossos planos para quando Fidel sair do poder com base na avaliação de que ele pode estar com o mal de Parkinson.
Fidel sofre há muito tempo boatos sobre sua saúde, e isso apesar de sua constituição física aparentemente robusta. Muitas dessas informações vieram, até agora, da comunidade anticastrista que vive em Miami (EUA).
Raúl Castro, irmão de Fidel e chefe das Forças Armadas, foi apontado como sucessor dele e o dirigente disse esperar que o atual regime político continue de pé após sua morte.