Símbolo da CIA no chão da sede da agência. A cada ano cerca de 2.000 eventos de recrutamento são organizados| Foto: Reprodução / CIA

A CIA (agência de inteligência americana) lançou uma audaciosa campanha em jornais, TVs, rádios e internet para recrutar mais espiões. A agência também está em contato direto com a comunidade muçulmana para completar o número de falantes de árabe em seus quadros.

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Em uma tentativa de cumprir uma promessa feita pelo ex-presidente George W. Bush - expandir o braço clandestino da agência - anúncios foram publicados em sites como o Career Builder, especializado na oferta de empregos, e nas versões online de "Economist" e "Washington Post".

Leon Panetta, novo diretor da CIA, tem encontros marcados com grupos muçulmanos em algumas cidades americanas, como Detroit, a fim de recrutar agentes que dominem o idioma árabe. Recentemente, Panetta lamentou o fato de apenas 13% dos agentes da CIA falarem uma língua estrangeira e apenas 22% pertencerem a grupos minoritários.

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"A fim de cumprir nossa fundamental missão de inteligência queremos levar oportunidades a falantes de árabe, russo, coreano, pashtu e urdu", disse ao jornal "Times" George Little, porta-voz da CIA. "Queremos enfatizar a essas comunidades que damos as boas-vindas a americanos que desejam se candidatar. Eles trazem habilidades de línguas críticas e um conhecimento de cultura que ajudam nossa missão de inteligência", acrescentou.

"Agência Central de Inteligência, carreiras no Serviço Clandestino Nacional, linguistas. Você pode fazer um mundo de diferença. Você está aberto ao desafio de cumprir nossa missão no exterior?", diz um anúncio publicado em um site de educação superior nos EUA.

A cada ano, diz Little, a CIA organiza cerca de 2.000 eventos de recrutamento - a maioria em universidades - em todo o país. Ano passado, a agência recebeu 120 mil inscrições.

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