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Operação das Forças de Defesa de Israel, no principal quartel-general militar do Hamas, em Khan Younis, reduto da milícia no sul da Faixa de Gaza
Operação das Forças de Defesa de Israel, no principal quartel-general militar do Hamas, em Khan Younis, reduto da milícia no sul da Faixa de Gaza| Foto: EFE/IDF

Representantes dos serviços de inteligência dos Estados Unidos e de Israel, bem como uma delegação política do Hamas se reúnem nesta terça-feira (13) no Cairo com funcionários do Egito e do Catar, principais mediadores no conflito entre Israel e o Hamas, para discutir uma possível nova trégua na Faixa de Gaza e a troca de reféns por prisioneiros.

A emissora de televisão egípcia Al Qahera News, próxima da inteligência egípcia, informou que a reunião com as diferentes partes começou esta tarde para abordar a distensão no enclave palestino.

Uma importante fonte de segurança egípcia, que pediu anonimato, disse à Agência EFE que uma delegação israelense e uma com integrantes do Hamas e da Jihad Islâmica chegaram ao Cairo, sob estritas medidas de segurança, para participar de uma sessão de discussão conjunta, sob mediação do Egito e do Catar, para negociar um acordo de libertação reféns e outros pedidos.

Segundo esta mesma fonte, nesta nova sessão de negociações, os altos representantes da CIA e da Mossad discutirão juntamente com o Egito e o Catar as emendas apresentadas pelos terroristas para modificar a proposta antes das recentes negociações em Paris.

A delegação israelense é composta por representantes do Mossad, da segurança interna do Shin Bet e do Exército israelense; enquanto a delegação palestina inclui representantes do grupo terrorista Hamas e da Jihad Islâmica.

A sessão conta com a participação do chefe do Serviço Geral de Inteligência egípcio, Abbas Kamel, e de vários líderes do aparato de segurança do país anfitrião, para discutir as propostas das milícias palestinas sobre alterações ao documento de Paris e tentar acelerar os passos para a implementação de um acordo e a declaração de uma trégua.

Segundo a fonte, tudo isto poderia levar a dois ou três meses sem combates, durante os quais seria implementado um acordo de troca de prisioneiros e seria feita uma tentativa de alcançar um cessar-fogo permanente e reativar o processo de paz na região.

Reunião do Irã com lideranças do Hamas  

Ainda nesta terça-feira (13), o ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amir Abdollahian, se reuniu no Catar com o chefe do gabinete político do grupo terrorista Hamas, Ismail Haniyeh, para discutir os últimos acontecimentos na Faixa de Gaza e na região.

"Os aspectos operacionais e políticos da última situação na guerra de Gaza, a necessidade de parar a agressão do 'regime sionista' (referindo-se a Israel) contra o povo de Gaza e a Cisjordânia, e a necessidade de enviar imediatamente ajuda humanitária estavam entre as questões discutidas pelos dois lados", informou a agência de notícias estatal iraniana Irna.

A imprensa estatal iraniana não deu mais informações sobre o encontro entre os dois, o terceiro pelo menos desde que o conflito começou após o ataque do braço armado do Hamas a Israel no dia 7 de outubro, que matou 1.200 pessoas.

Teerã é um dos principais aliados da milícia palestina e lidera o chamado Eixo de Resistência contra o Estado de Israel, que inclui o Hezbollah e os rebeldes houthis do Iêmen.

Abdollahian está em uma viagem pela região do Oriente Médio que o levou ao Líbano, onde se reuniu com o líder do grupo xiita libanês Hezbollah, Hassan Nasrala, e com o primeiro-ministro libanês, Najib Mikati. Ele também visitou a Síria, onde se reuniu com vários representantes de facções palestinas baseadas em Damasco, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores do Irã.

O Irã, considerado o principal inimigo de Israel, condenou repetidamente a agressão israelense contra os palestinos e expressou apoio a organizações e grupos que se opõem ao país na região.

O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, pediu no domingo (11) que Israel seja expulso da ONU por causa do que chamou de "crimes" cometidos na Faixa de Gaza desde o início da guerra em outubro passado.

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