A Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA, na sigla em inglês) utilizou uma falsa campanha de vacinação na cidade paquistanesa de Abbottabad em sua busca por Osama bin Laden, informou o New York Times. A estratégia foi usada para se obter amostras de DNA de familiares do líder terrorista, para confirmar que Bin Laden vivia no local.
Um funcionário dos Estados Unidos afirmou que o médico paquistanês que comandou o programa em Abbottabad obteve acesso temporário à residência onde Bin Laden vivia, porém nunca viu o próprio terrorista e tampouco conseguiu obter amostras de DNA de familiares de Bin Laden, informou o jornal na segunda-feira.
Uma equipe especial norte-americana matou Bin Laden em maio. Os norte-americanos não tinham certeza, porém, se Bin Laden estava na casa em Abbottabad quando o presidente Barack Obama deu sinal verde para o ataque.
O médico Shakil Afridi, que liderou o programa de vacinação, foi preso e é mantido sob custódia no Paquistão, acusado de colaborar com os EUA, segundo o Times. A CIA não comentou a reportagem do jornal. A informação sobre o programa de vacinação foi primeiro divulgada pelo periódico britânico The Guardian.
O ataque que matou Bin Laden não foi informado a autoridades do Paquistão, o que estremeceu as relações bilaterais. A capacidade de Bin Laden viver por vários anos na cidade, onde o Paquistão mantém sua principal academia militar, levou a especulações nos EUA sobre se alguns elementos no governo local não sabiam sobre seu paradeiro. As informações são da Associated Press.
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