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Pessoas fizeram vigílias por todo os EUA em homenagem às vítimas | AFP
Pessoas fizeram vigílias por todo os EUA em homenagem às vítimas| Foto: AFP

Assassino era tido como quieto e solitário, mas calmo

Pessoas próximas à família Lanza descrevem Adam, 20, como um garoto excessivamente tímido e inteligente, que, contudo, não parecia uma pessoa agressiva.

A polícia ainda procura um motivo para Adam ter matado sua mãe e, logo depois, ter dirigido até a escola primária Sandy Hooks, onde ela trabalharia - e onde ele havia estudado há muitos anos - e disparasse diversos tiros no local, matando 20 crianças e seis funcionários.

Saiba mais sobre o assassino

Cruzes fincadas em Copacabana homenageiam vítimas de massacre nos EUA

Um grupo de ativistas contra a violência cravou neste sábado dezenas de cruzes na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, em solidariedade às vítimas do massacre de ontem em uma escola primária nos Estados Unidos.

Além das cruzes, a ONG Rio de Paz pôs na areia uma bandeira americana e um grande cartaz com o desenho de uma pomba ferida, manchada por mãos sujas de sangue.

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Connecticut não exige permissão para posse de armas

O estado de Connecticut, onde nesta sexta-feira um tiroteio em uma escola na cidade de Newtown matou 27 pessoas, entre elas 20 crianças, não exige nenhum tipo de permissão oficial para a posse de rifles ou pistolas, e só requer que o dono seja maior de 21 anos.

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Polícia corrige identidade do suposto autor do massacre

Um suposto atirador, de 20 anos, Adam Lanza, invadiu uma escola primária na manhã desta sexta-feira (14) na pequena cidade de Newtown no Estado de Connecticut (região da Nova Inglaterra, EUA), e matou pelo menos 27 pessoas, das quais 20 eram crianças pequenas.

Inicialmente, a polícia havia informado que o suspeito chamava-se Ryan Lanza, de 24 anos, que, na verdade, é irmão do atirador morto.

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Relembre outros ataques ocorridos nos EUA

De maio de 1998 a dezembro deste ano, foram 44 atentados nos Estados Unidos.

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Desesperados, pais buscam informações

Uma dezena de viaturas, muitos policiais e vários carros de pais de alunos que buscavam por informações sobre seus filhos: este era o cenário em frente à escola primária Sandy Hook, em Newtown, no final da manhã desta sexta-feira (14).

A cidade, que fica no estado de Connecticut, nos EUA, viveu uma tragédia sem precedentes na região. Segundo relatos do jornal local The Newtown Bee, houve muito desespero por conta da tragédia. "Quem faria isso? Que tipo de pessoa faria isso?", berrava um rapaz em frente à escolar, Segundo descrição do jornal.

Parentes e curiosos se aglomeravam nas imediações da escola em busca de informações, enquanto os alunos eram retirados em grupos, sempre acompanhados por um adulto – alguns grupos, inclusive, eram escoltados por policiais a cavalo.

Enquanto isso, um centro de operações foi montado junto à escola para dar apoio às vítimas e orientar os trabalhos.

  • Apoiadores do controle de venda de armas nos EUA fizeram manifestação diante da Casa Branca, em Washington, após massacre que matou 27 em Connecticut
  • Pessoas fizeram vigílias por todo os EUA em homenagem às vítimas
  • Pessoas fizeram vigílias por todo os EUA em homenagem às vítimas
  • Pessoas fizeram vigílias por todo os EUA em homenagem às vítimas
  • Crianças são retiradas de escola primária após tiroteio
  • Familiares de alunos da Sandy Hook Elementary School se reúnem em frente ao prédio da escola, onde houve o tiroteio
  • Pais buscam informações na escola em Newtown
  • Criança é retirada da escola primária em Newtown, onde atirador abriu fogo contra estudantes
  • Policiais chegam à escola Sandy Hook, em Newtown, palco de um tiroteio nesta sexta-feira (14)
  • Socorrista acalma criança após tiroteio em escola primária nos EUA
  • Uma aglomeração de veículos se formou em frente à escola onde houve o tiroteio
  • Muitos pais correram para a Sandy Hook Elementary School, em Newtown, Connecticut, para resgatar seus filhos após o tiroteio ocorrido na escola
  • Crianças e pais saem emocionados após tiroteio em escola de Newtown, nos EUA
  • Durante pronunciamento, o presidente dos EUA, Barack Obama, se emocionou ao falar do massacre na escola de Newtown
  • A emoção tomou conta de todos nos arredores da escola onde houve o massacre
  • Bandeiras são hasteadas a meio mastro em Washington, após o presidente Barack Obama decretar luto pelo massacre na escola de Newtown
  • Área é isolada no entorno da Sandy Hook Elementary School, em Newtown, onde ocorreu o massacre
  • Famílias deixam a escola bastante emocionadas após o tiroteio que deixou 27 mortos em Connecticut

Ainda em busca por explicações para o massacre que acabou em 28 mortos, sendo 20 crianças de 5 a 10 anos, em Connecticut, moradores da pequena cidade de Newtown fizeram uma vigília na noite de sexta-feira (14). Familiares de vítimas e sobreviventes se reuniram na igreja de Santa Rosa de Lima. Uma mãe, ao lado do filho de 12 anos, comentou que "todos conhecem alguém entre as vítimas". Em outras cidades dos EUA, também houve vigílias.

"De alguma maneira, esta tragédia afeta todos nós", disse ela.

Veja imagens da tragédia em Newtown

A pacata cidade de Newtown, de apenas 27 mil habitantes, viveu na sexta-feira um cenário digno de filme de terror. Por volta das 9h30, Adam Lanza entrou na Escola Elementar Sandy Hook. Em questão de minutos, 26 pessoas estavam mortas, além do atirador. Segundo policiais, um outro corpo foi encontrado fora da escola e estaria ligado à chacina. Na sexta-feira, a imprensa afirmou que Lanza matou a mãe dentro da escola, mas nesta manhã a mídia local alega que ela foi morta ainda em casa. A polícia, no entanto, ainda não confirmou se o adulto encontrado fora do colégio era mesmo Nancy Lanza. O atirador teria assassinado a mãe, que de fato trabalhou na escola, e depois pego o carro dela para dirigir até o local do massacre.

Mais de 12 horas após o massacre, a polícia começou a transferir nesta manhã os corpos da escola para que eles fossem identificados por parentes, informou a rede NBC News. A identificação formal das vítimas marca um novo capítulo na história de horror dos residentes de Newtown.

"No começo do dia, foi possível identificar todas as vítimas e realizar a identificação formal para todos os familiares", disse o porta-voz da Polícia do Estado de Connecticut, tenente Paul Vance. A remoção dos corpos, deixados para a condução do trabalho dos investigadores, "foi concluída", acrescentou o tenente. "Isso foi feito durante a madrugada".

Na entrada da igreja onde moradores se reúnem pelas vítimas, três murais foram erguidos para que fossem registradas mensagens de apoio a familiares e sobreviventes.

"Simplesmente foi brutal. Não consigo pensar em uma palavra mais apropriada. Simplesmente foi brutal presenciar esta dor", disse o monsenhor Robert Weiss depois da missa.

Rotina escolar

Sandy Hook tem 626 alunos matriculados e conta com uma creche. Às 9h30, as portas são fechadas como medida de segurança. Depois deste horário, só é possível entrar quem for autorizado e é preciso acionar o interfone. Adam Lanza entrou poucos minutos antes de 9h30 no local. A igreja de Santa Rosa não fica muito longe do cenário do massacre e vai ficar aberta 24 horas para receber moradores da cidade. De noite, uma multidão esteve na igreja para prestar homenagem às vítimas.

Brutal

O massacre de Connecticut foi o segundo mais mortal na História dos Estados Unidos, atrás apenas do tiroteio em Virginia Tech, em 2007, quando 32 pessoas foram mortas.

"O mal visitou esta comunidade hoje (sexta-feira)", disse o governador Dan Malloy, que à noite também esteve na vígilia.

A polícia foi chamada antes das 10h. Os disparos ocorreram no momento em que as crianças se organizavam nas salas de aula, para as primeiras atividades da manhã.

Alunos foram trancados em banheiros e armários por seus professores assim que os primeiros tiros foram ouvidos. Janet Vollmer, que dá aulas para o maternal, trancou as portas de sua sala de aula, cobriu as janelas e contou uma história de Natal para seus 19 alunos, em uma tentativa de acalmá-los. Enquanto policiais esvaziavam a escola, crianças foram instruídas a fechar seus olhos e só abri-los do lado de fora do local.

"Todos estavam chorando. Eu só ouvia policiais gritando", contou a aluna Alexis Wasik.

Investigação

Vários parentes de Lanza estão sendo interrogados pela polícia em Nova Jersey, Connecticut e Massachusetts. Seu pai e irmão depuseram ainda na sexta-feira. Ryan, irmão mais velho de 24 anos do atirador, chegou a ser considerado o autor do crime. Ele estava no trabalho, em Nova York, no momento do tiroteio. Em depoimento, Ryan descreveu o irmão como "um tanto autista" e disse que ele tinha "transtorno de personalidade". Adam não tinha nenhuma passagem pela polícia e foi descrito por antigos colegas de classe como uma pessoa reservada.

Casa Branca

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama disse que as matanças estão se repetindo nas escolas norte-americanas e que são necessárias ações para evitar que massacres ocorram no futuro.

"Nossos corações estão despedaçados hoje", disse Obama, visivelmente emocionado. "Como país, estamos vendo esses eventos trágicos se repetirem cada vez mais. Seja em uma escola primária em Newtown, em um shopping center no Oregon, em um templo no Wisconsin, ou em um cinema em Aurora - esses lugares são bairros da América, e essas crianças são nossas. Precisamos nos juntar e tomar ações significativas para evitar outras tragédias como essa", disse Obama. "Espero que Deus abençoe a memória das vítimas e, nas palavras da Escritura, cure as feridas", disse Obama.

Pouco antes do discurso, Obama decretou luto nacional e ordenou que as bandeiras norte-americanas permaneçam hasteadas a meio mastro até a próxima terça-feira.

Choque

O caso preocupou pais de alunos e moradores de Newtown, cidade de 25 mil habitantes que fica a 120 km de Nova York. Em entrevista ao canal CBS, Stephen Delgiadice, pai de uma menina de oito anos, disse que sua filha ouviu duas explosões e os professores pediram que ela ficasse em um canto. "É preocupante, especialmente nesta cidade, que sempre imaginamos ser o lugar mais seguro dos Estados Unidos."

Robert Licata disse que seu filho de seis anos estava na sala de aula quando Adam Lanza entrou atirando e matou a professora. "Foi quando meu filho pegou as mãos de alguns coleguinhas e levou eles para fora da sala", ele disse. "Ele foi muito corajoso. Ele esperou que seus colegas saíssem", disse. Licata disse que Lanza matou a professora, não disse nenhuma palavra e depois saiu da sala.

"Newtown é uma cidade calma. Eu nunca esperava que isso fosse acontecer aqui. É muito assustador. Nossas crianças não estão a salvo aqui", disse Lisa Bailey, mãe de três crianças.

Veja imagens da tragédia em Newton

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