A cidade de Nova York recebeu 200 mil migrantes nos últimos dois anos, oferecendo-lhes abrigo e outros serviços, segundo o prefeito Eric Adams.
Adams disse nesta terça-feira (4) que Nova York acolheu “mais migrantes do que qualquer outra cidade” nos Estados Unidos desde que o governador do Texas, Greg Abbott, do Partido Republicano, começou a enviar ônibus lotados de migrantes que haviam acabado de cruzar a fronteira do México com o país.
Abbott tomou esta decisão em protesto contra a política do presidente americano, Joe Biden, do Partido Democrata, para o setor de migração.
Desse total, mais de 65 mil migrantes ainda estão no sistema de abrigos públicos, uma permanência que o governo de Adams agora limitou a 30 dias para solteiros e 60 para famílias com crianças.
Devido ao fluxo, que ainda continua - 1,2 mil migrantes chegaram na semana passada -, a cidade foi forçada a alugar hotéis e erguer tendas gigantes para abrigá-los.
A cidade, que é obrigada por uma ordem judicial a fornecer abrigo a qualquer pessoa que o solicite, também fornece alimentos, serviços médicos, educação para crianças e assistência jurídica para solicitação de asilo e permissão de trabalho.
De acordo com o que foi divulgado nesta terça-feira, durante a entrevista coletiva semanal do prefeito e dos vice-prefeitos, havia 45 mil nova-iorquinos nos abrigos quando os migrantes começaram a ser enviados em 2022 (data em que Adams também se tornou prefeito).
“Atualmente, há 120 mil pessoas abrigadas [contando sem-teto e migrantes]", destacou a vice-prefeita Sheena Wright.
A vice-prefeita de Saúde e Serviços Humanos, Anne Williams-Isom, afirmou que espera que a ordem executiva assinada hoje por Biden, que limita o fluxo de solicitantes de asilo que cruzam a fronteira com o país, se reflita em um declínio de migrantes chegando à cidade.
“Sabíamos que a Casa Branca poderia tomar medidas executivas e vemos que os republicanos não querem fazer nada no Congresso e nós, as cidades, precisamos de ajuda”, disse em resposta aos insistentes pedidos de verbas feitos pelas cidades receptoras de migrantes, principalmente em prefeituras administradas por democratas. (Com Agência EFE)
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