Diversas cidades europeias prestaram homenagem ao longo do dia às vítimas dos ataques terroristas da manhã desta terça-feira (22), em Bruxelas, na Bélgica. Ao menos 30 pessoas morreram. Mais de 200 pessoas ficaram feridas após a série de explosões no aeroporto Bruxelas e na estação Maelbeek do metrô. Monumentos e importantes pontos turísticos foram iluminados de vermelho, preto e amarelo – as cores da bandeira belga.
Em Paris, que sofreu em novembro passado um ataque terrorista com mais de 130 mortos, a torre Eiffel ganhou as cores da Bélgica na noite desta terça.
Ainda na França, o Palácio de Justiça de Lyon teve sua imponente fachada iluminada com as cores da bandeira belga. Em Roma, a bandeira da Bélgica foi projetada em dois importantes pontos turísticos, a Fontana di Trevi e o Capitólio. Na Hungria, o estádio Nagyardei, em Budapeste, ficou preto, vermelho e amarelo na noite desta terça. O emblemático World Trade Center de Nova York prestará a mesma homenagem.
Na capital belga, as homenagens se concentram na praça de la Bourse, no centro de Bruxelas. Moradores trazem flores, cartazes, velas e reúnem em orações.
As explosões desta terça-feira acontecem dias após a detenção de Saleh Abdeslam, principal suspeito dos ataques terroristas de Paris em novembro. Por isso, o ministro do Interior, Jan Jambon, elevou o alerta de ameaça terrorista no país ao nível máximo.
Preso depois de longas buscas, Abdeslam afirmou a investigadores que estava pronto para realizar um outro atentado, que seria organizado em Bruxelas (Bélgica). Ao condenar os atentados desta terça, o primeiro-ministro belga, Charles Michel, disse que o país já esperava por um atentado.
As homenagens estão presentes também nas redes sociais. As hashtags #Brussels (“Bruxelas”), #PrayForBelgium (“Ore pela Bélgica”) e #JeSuisBruxelles (“Eu sou Bruxelas”) são as mais populares do Twitter após ataques na capital belga. Uma imagem bastante compartilhada no pós-ataques à capital belga é a do personagem Tintim, criado pelo belga Hergé.
Líderes mundiais pedem unidade para ‘vencer terrorismo’
Líderes de todo o mundo pediram unidade para vencer o terrorismo, após os atentados desta terça-feira em Bruxelas, que tiveram como alvo, segundo vários dirigentes europeus, “a Europa democrática”.
“A União Europeia (UE) chora as vítimas dos ataques terroristas em Bruxelas. Foi um ataque contra nossa sociedade democrática aberta”, declararam os 28 líderes da UE, assim como os titulares das instituições europeias, em um comunicado conjunto pouco habitual.
De Havana, o presidente americano, Barack Obama, condenou os “revoltantes” atentados no aeroporto e no metrô de Bruxelas.“Devemos estar juntos, independentemente da nacionalidade, da raça ou da fé, na luta contra o flagelo do terrorismo”, disse Obama.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, denunciou “ataques desprezíveis que atingem o coração da Bélgica e o centro da União Europeia”. Citado por seu porta-voz, Ban “expressou sua solidariedade ao povo e ao governo belgas”.
Em sua conta no Twitter, o papa Francisco se solidarizou com as vítimas. “Encomendo a misericórdia de Deus às pessoas que perderam a vida”, tuitou.
O primeiro-ministro belga, Charles Michel, também condenou estes “atentados cegos, violentos e covardes”. “É um momento trágico, um momento negro” para o reino, indicou.
“Toda a Europa foi atingida” e deve tomar “as disposições imprescindíveis diante da gravidade da ameaça”, declarou o presidente francês, François Hollande.
O presidente russo, Vladimir Putin, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, o ministro alemão do Interior, Thomas de Maizière, o chefe de governo espanhol, Mariano Rajoy. o primeiro-ministro sueco, Stefan Lofven, o chefe de governo italiano, Matteo Renzi, foram alguns dos líderes mundiais que condenaram os ataques e prestaram solidariedade ao povo belga.
A União de Nações Sul-Americanas, México, Chile, Equador, Venezuela, Nicarágua e Brasil também condenaram o ocorrido e transmitiram sua solidariedade à Bélgica.
Em nota divulgada pelo Itamaraty, o governo brasileiro manifestou “sua consternação” e condenou “nos mais fortes termos” o que chamou de “covardes atentados terroristas”. Além disso, expressou “sua solidariedade às famílias das vítimas, bem como ao povo e ao governo da Bélgica” e repudiou qualquer ato terrorista.