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Os cientistas e simpatizantes já têm à disposição um guia turístico de Marte, uma obra que reúne os dados mais úteis do planeta vermelho, entre eles os lugares onde há maior abundância de água, relevo e até a roupa usar para se proteger do clima extremo.

A obra de quase 500 páginas relata parte das descobertas que a ciência fez no planeta e traz informações curiosas que as missões espaciais apresentaram até o momento.

Os interessados nesse tipo de literatura científica podem conhecer em detalhes o "Olympus Mons", o maior vulcão do sistema solar, com uma extensão semelhante à do Reino Unido e altura três vezes superior ao Everest.

Outro ponto que vale ser identificado é o "Tharsis Planitia", um planalto elevado com planícies tão extensas como as da Europa, mas sobre uma altitude de nove quilômetros, e os "Valles marineris", um imenso canyon perto do qual o Grande Canyon do Colorado (EUA) seria uma simples rachadura.

A obra, escrita pelo cientista americano William Kenneth Hartmann, copila dezenas de imagens de Marte feitas por sondas, como a Mars Global Surveyor e a Mars Odyssey, e localiza cada um de seus pontos curiosos em um mapa topográfico regional, além de informar os detalhes de cada um.

Enquanto a ciência ainda investiga a hipótese de que alguma forma de vida possa ser viável em Marte, já existe um consenso: a evolução de seu clima registrou uma mudança climática muito mais drástica do que a da Terra.

A obra inclui capítulos típicos de um guia turístico, entre eles o clássico "O que devo vestir?", onde aborda as temperaturas típicas do ar do planeta, que oscilam entre -87 graus durante a noite ao "ameno" -25 de dia, e a do solo, que no verão pode subir até 10 graus.

Com essas condições, um uniforme espacial similar ao dos astronautas que foram à Lua poderia ser suficiente, mas as botas e as luvas teriam de ter isolamento especial, porque tudo o que for tocado terá uma temperatura muito inferior.

O guia revisa o conhecimento científico apresentado por todas as missões ao planeta vermelho, que começaram na década de 70 e foram sucedidas desde então pela participação das principais agências espaciais do mundo.

Essa informação será ampliada com o robô "Curiosity", que a Nasa enviará de Cabo Canaveral no próximo sábado.

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