Cientistas utilizaram um scanner e um computador para decodificar e reconstruir imagens de um filme assistido previamente por três indivíduos, em um procedimento que poderá, no futuro, ajudar pessoas com dificuldades de comunicação, revela um estudo publicado nesta quinta-feira.
Até o momento, a técnica que combina imagens por ressonância magnética (IRM) e padrões informáticos pôde apenas reconstituir extratos dos filmes assistidos pelos voluntários da experiência, mas o método abre caminho para uma tecnologia capaz de ler imagens no cérebro - como sonhos ou "filmes" da memória -, destacaram os cientistas da Universidade da Califórnia em Berkeley.
"É um passo importante para a reconstrução de imagens no cérebro", disse o professor Jack Gallant, neurologista da Universidade e um dos autores do estudo, publicado na revista americana Current Biology. "Abrimos uma janela aos "filmes" projetados em nossa mente".
No futuro, esta tecnologia poderá permitir uma melhor compreensão do que se passa na mente das vítimas de ataques cerebrais, de pessoas em coma ou de vítimas de doenças neurodegenerativas incapazes de se comunicar.
Também poderá facilitar a criação de uma máquina capaz de se comunicar diretamente com o cérebro, permitindo a pessoas sem capacidade motora comandar instrumentos apenas com a mente, segundo o professor Gallant.
-
Escola Sem Partido: como Olavo de Carvalho, direita e STF influenciaram o fim do movimento
-
Igreja e direita francesa criticam cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos
-
“Quando Maduro fala é crítica, quando eu falo é crime?”, diz Bolsonaro após ditador questionar urnas
-
Dois cientistas católicos históricos que vale a pena conhecer