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Geologia

Cientistas de quatro países estudam a Antártida

Antártida – Cientistas de quatro países (Alemanha, Itália, Nova Zelândia e Estados Unidos) estão participando da operação Andrill, cujo objetivo é a perfuração geológica na Antártida. Os pesquisadores querem descobrir como eram as condições climáticas há 10 milhões de anos, período em que as altas temperaturas ganhavam e perdiam força no continente do sul.

Ambiente inóspito

Uma operação gigantesca no meio do mar congelado. Ao longe, é possível avistar uma torre branca erguida em meio a contêineres azuis. É uma estrutura de laboratório de ciência tão eficaz quanto uma plataforma de petróleo.

Nesse ambiente os pesquisadores procuram desvendar como era a época da Antártida quente e úmida.

Na prática, os cientistas analisam amostras de um material cinza-verde que é retirado do leito do mar. As amostras são colhidas e colocadas em cilindros de aço, de 9 metros de comprimento. A perfuradora gigante é capaz de subir 20 metros acima da superfície de gelo. A máquina é coberta por uma tenda para que permaneça em temperatura na casa dos 10ºC, possibilitando que seus sistemas hidráulicos funcionem.

A rotina dos pesquisadores é avaliar as amostras assim que são colhidas do subterrâneo. Os laboratórios, onde os cientistas trabalham, foram montados dentro dos contêineres do tamanho de um caminhão. O geólogo do Instituto Alfred Wegener para Pesquisa Polar e Marinha (na Alemanha), Frank Niessen, está em busca dos sinais de vida marinha. Isso indicaria a presença de mar aberto no local em que há hoje uma camada de gelo com 85 metros de espessura. Pedras

Niessen explica que, há 4 milhões de anos, a Antártida pode ter tido cinco períodos de aquecimento. Apontando para um gráfico pendurado na parede de seu escritório, o cientista mostra quatro picos indicando um aumento na densidade do material, o que significaria a presença de uma grande quantidade de pedras no sedimento. "Para mim, isso se parece com uma chuva de pedras vinda de um sedimento de gelo que se derrete", afirma, observando ser esse o primeiro sinal de que as temperaturas vão subir.

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