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Criança afetada pela combinação que levava a um sono profundo, na cidade de Kalachi | Reprodução/Youtube
Criança afetada pela combinação que levava a um sono profundo, na cidade de Kalachi| Foto: Reprodução/Youtube

Os cientistas finalmente descobriram o segredo por trás de um estranho fenômeno que acometia moradores de um vilarejo no Cazaquistão. Durante os últimos cinco anos, habitantes da aldeia de Kalachi caíam no sono inesperadamente e acordavam apenas dias depois.

Segundo reportagem da rede “BBC”, o sono vinha repentinamente e de forma incontrolável. Um dos entrevistados afirmou que dormiu do dia 28 de agosto a 2 de setembro de 2014. Pelo menos outras 60 pessoas afirmaram ter tido experiências semelhantes.

Boa parte dos 582 moradores chegou a pregar que o local era amaldiçoado, mas, de acordo com anúncio de cientistas e do governo local, feito nesta semana, a causa da misteriosa doença é uma combinação de elementos químicos no ar.

De acordo com os pesquisadores, altos índices de monóxido de carbono e de hidrocarburetos no ar baixavam a quantidade de oxigênio e causavam desmaios em alguns moradores.

A causa não foi descoberta antes, embora sempre se tenha suspeitado de uma combinação como essa, porque sempre que os cientistas faziam as medições, os índices dos três componentes pareciam normais. O aumento só acontecia com algumas condições atmosféricas. Foi depois de fazer exames em todos os moradores que os pesquisadores puderam chegar a uma conclusão

Ainda segundo as informações, o nível de monóxido de carbono aumentava na região por conta de uma mina de urânio desativada.

“O urânio não tem nada a ver com isso. Usaram um monte de estruturas de madeira quando a mina estava em funcionamento. Depois que a mina foi fechada, se encheu de água. Quando a madeira entra em contato com a água se produz monóxido de carbono”, disse Sergey Lukashenko, diretor do Centro Nuclear do Cazaquistão, ao jornal “The Astana Times”.

Os moradores estão retirados da vila, segundo as autoridades.

Confira um documentário produzido em 2014 por uma tevê russa sobre a doença:

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