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Lee Berger segura o crânio do homo naledi: hábitos similares ao do homem. | Siphiwe Sibeko/Reuters
Lee Berger segura o crânio do homo naledi: hábitos similares ao do homem.| Foto: Siphiwe Sibeko/Reuters

Um grupo de cientistas sul-africanos anunciou, nesta quinta-feira (10), a descoberta de uma nova espécie de ancestral do homem, batizada de homo naledi. Pelo menos 15 esqueletos estavam enterrados em uma caverna em Rising Star Cave, na África do Sul. Os quadris são similares ao do hominídeo Lucy, então mais antigo ancestral do homem, porém os ombros são desenhados para facilitar a escalada, pés e mãos são iguais ao dos seres humanos, bem como a estrutura óssea. O cérebro apenas é menor, do tamanho de uma laranja.

Veja imagens do homo naledi

O que mais chamou a atenção da equipe liderada pelo professor Lee Berger, geólogo da Universidade de Witwatersrand, em Joanesburgo, foram os sinais de que os esqueletos do homo naledi foram submetidos a um ritual funerário. Eles foram enterrados após a morte, comportamento até então encontrado apenas no homo sapiens.

“Não imaginávamos que essa espécie tinha um comportamento complexo. Pensamos nelas como pouco mais de animais. Mas logo eliminamos a possibilidades de eles terem sofrido uma morte em massa ou sido vítima de alguma catástrofe. Também chegamos à conclusão de que eles não viviam lá [onde foram encontrados]. Isso nos levou à notável descoberta de uma nova espécie, que deliberadamente levava seus mortos para uma câmara”, afirmou Berger, que descobriu os fósseis em novembro de 2013 e passou quase dois anos estudando a nova espécie.

A equipe de Berger ainda não conseguiu precisar a idade dos esqueletos do homo naledi.

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