Astrônomos americanos detectaram o segundo menor "exoplaneta" (de fora do Sistema Solar) conhecido até o momento, com uma massa de quatro vezes a da Terra. "Esta é uma descoberta notável porque mostra que encontramos planetas fora de nosso sistema solar cada vez menores", disse o astrônomo Andrew Howard, da Universidade da Califórnia em Berkeley, ao revelar o novo exoplaneta no último dia da 215.ª conferência da American Astronomical Society, na quinta-feira.
O planeta longíquo, batizado de HD156668b, fica em um sistema estelar a 80 anos luz da Terra, na constelação de Hércules. Ela gravita ao redor de seu astro em quatro dias.
O exoplaneta mais conhecido até hoje, chamado Gliese 581, tem duas vezes a massa terrestre. Foi detectado em abril de 2009 por um astrônomo suíço e fica a 20,5 anos luz da Terra. Mas ele fica em órbita muito próxima de seu astro, ou seja, fora da zona habitável, com temperatura elevada.
Já o Corot-7b é o exoplaneta mais parecido com a Terra já encontrado, particularmente porque tem constituição rochosa.
A comunidade astronômica manifesta confiança de que, com o novo telecópio espacial americano Kepler, lançado em março de 2009, e mais o Corot, lançado previamente pelos europeus, exoplanetas do tamanho da Terra sejam descobertos.
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Roedor à prova de obesidade indica fórmula para emagrecimento
Eficiência energética é a palavra de ordem para enfrentar o aquecimento global ultimamente. Mas, como arma contra a obesidade, um grupo de pesquisadores nos Estados Unidos aposta mesmo é na ineficiência. Eles conseguiram fazer com que os músculos de camundongos de laboratório virassem gastadores inveterados de energia, o que parece tornar os bichos à prova de engordar. Gastando mais energia durante atividades físicas, é muito mais difícil se tornar obeso, explica artigo da revista especializada Cell Metabolism.
O grupo de pesquisadores aposta que este será um caminho promissor contra o excesso de gordura, com chance de ser explorado em humanos com as devidas modificações.
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Recifes de corais são "fábricas de novas espécies, diz estudo
A destruição de recifes nos oceanos pode não só eliminar espécies de corais atuais, mas também a possibilidade de que, no futuro, novas espécies venham a substituí-las. Essa é a principal implicação de um estudo segundo o qual, nas últimas centenas de milhões de anos, os recifes foram a grande usina de novas formas de vida marítima.
"A recuperação da atual crise de biodiversidade vai demorar muito mais sem os recifes", diz Wolfgang Kiessling, da Universidade Humboldt em Berlim Kiessling. Ele assina um estudo sobre os corais na edição desta semana da revista Science.
A metodologia do trabalho não poderia ser mais simples. Usando um dos principais bancos de dados sobre espécies extintas do mundo, que vai do presente até a origem da vida animal (lá se vão mais de 550 milhões de anos), os cientistas esmiuçaram em que tipo de ambiente novos grupos de animais costumavam aparecer.
Entre invertebrados bentônicos (que vivem grudados no leito do mar ou perto dele), por exemplo, mais de um quinto dos gêneros teve seu primeiro registro em recifes.