Uma equipe de cientistas internacionais desenvolveu o primeiro cromossomo totalmente fabricado em laboratório, o que representa um avanço fundamental na área da biologia sintética, segundo um estudo publicado nesta quinta-feira na revista "Science".
Os pesquisadores, liderados por Jef Boeke, do centro médico Langone, da Universidade de Nova York, geraram a primeira cópia artificial de um cromossomo de levedura, fungo utilizado na fabricação de etanol, pão e cerveja.
Em uma pesquisa que contou com os esforços de cientistas nos EUA e na Europa, e que durou mais de sete anos, os pesquisadores cortaram, dividiram e manipularam o DNA da levedura até conseguirem o primeiro cromossomo fabricado integralmente em um laboratório.
Os cientistas começaram com os fragmentos disponíveis de DNA, os acrescentaram a outros maiores e os agregaram depois a células de levedura, de modo que conseguiram produzir uma versão totalmente artificial do cromossomo.
Esta é considerada uma grande conquista dentro da biologia sintética, que visa elaborar organismos a partir de seus princípios mais básicos. Embora já se tivesse conseguido construir cromossomos de bactérias e vírus, esta é a primeira vez que é criado um cromossomo para um organismo eucariótico, que são mais complexos (compostos por células com núcleos diferenciados e citoplasma organizado).
Deste modo, este primeiro cromossomo sintético permitirá avanços na pesquisa para a produção de novos medicamentos e também biocombustíveis.
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