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Caso venha a ter viabilidade comercial, novidade deve fazer sucesso no calor tropical brasileiro | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo/Arquivo
Caso venha a ter viabilidade comercial, novidade deve fazer sucesso no calor tropical brasileiro| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo/Arquivo

Em dias quentes, um sorvete sempre cai bem. Mas, sob um sol escaldante, a deliciosa sobremesa pode se transformar numa horrível lambança. É aí que entra a boa notícia: pesquisadores das universidades de Edimburgo e Dundee Ter, ambas no Reino Unido, disseram ter descoberto uma proteína capaz de fazer com que a sobremesa dure mais.

A proteína se liga o ar, gordura e água no sorvete, criando uma consistência suave que permanece congelado por mais tempo. E se você é fã da sobremesa, pode ficar tranquilo: os cientistas já adiantaram que não vai afetar o sabor.

A proteína, conhecida como BslA, ocorre naturalmente em alguns alimentos e age pela adesão a gotículas de gordura e as bolhas de ar, tornando a mistura mais estável. Pesquisadores das duas universidades disseram ter desenvolvido um método de produção dela através das chamadas bactérias “amigáveis”, que têm impactos positivos sobre a saúde.

“Estamos entusiasmados com o potencial do novo ingrediente para melhorar o sorvete, tanto para os consumidores quanto para os fabricantes”, disse à BBC o professor Cait MacPhee, da Universidade de Escola de Física e Astronomia de Edimburgo, que liderou o projeto.

Segundo os pesquisadores, as vantagens da descoberta podem ir além. É o caso de permitir que sorvete e outros produtos congelados sejam fabricados com baixos níveis de gordura saturada, o que significa menos calorias. Os caminhões de entrega e congeladores de armazenamento também não teria necessidade de manter tão frios, reduzindo os custos de energia.

Porém, se a notícia soa boa demais para ser verdade, os pesquisadores estimam que o sorvete feito com o ingrediente ainda não estará disponível nos próximos três a cinco anos.

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