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As novas partículas são seis vezes mais pesadas que os prótons, usados pelos cientistas para colidir deliberadamente uns contra os outros para as experiências. Esta imagem da colisão dos prótons é de 2012 | Arquivo
As novas partículas são seis vezes mais pesadas que os prótons, usados pelos cientistas para colidir deliberadamente uns contra os outros para as experiências. Esta imagem da colisão dos prótons é de 2012| Foto: Arquivo

Cientistas do maior colisor do mundo anunciaram a descoberta de duas novas partículas subatômicas nunca antes vistas, que poderiam ampliar o conhecimento sobre o mundo.

Uma experiência realizada pelo Grande Colisor de Hádrons (LHC) da Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear, conhecida como CERN, confirmou a existência das novas partículas, que já eram previstas pelos cientistas. Ambas são bárions feitas de três quarks, unidas por uma força intensa.

Em um comunicado, funcionários do laboratório anunciaram a descoberta, que pode aprofundar o entendimento de como o mundo funciona além da teoria física do "modelo padrão", que explica o funcionamento por meio de blocos de matéria. Os resultados foram publicados na Physical Review Letters. "A natureza foi gentil e nos deu duas partículas pelo preço de uma", afirmou um colaborador do CERN, Matthew Charles, pesquisador do laboratório da Universidade Paris VI.

As novas partículas são seis vezes mais pesadas que os prótons, usados pelos cientistas para colidir deliberadamente uns contra os outros no túnel de 27 quilômetros na fronteira da Suíça com a França, perto de Genebra, com o objetivo de fazer descobertas sobre a composição do universo e suas menores partículas.

O maior peso das duas partículas se deve aos "spins" em direções opostas, que é "um resultado emocionante", afirmou Steven Blusk da Universidade de Syracuse, em Nova York.

O físico do CERN Patrick Koppenburg afirmou que o estudo, que usa dados recolhidos durante 2011 e 2012, pode ajudar na diferenciação dos efeitos do modelo padrão e em "alguma novidade ou algo inesperado no futuro".

Equipes de milhares de cientistas do CERN também usaram o acelerador para descobrir o chamado Bóson de Higgs, partícula sem a qual as outras não ficariam unidas e não formariam matéria. A descoberta ajudou Peter Higgs a ganhar o Prêmio Nobel por conseguir provar suas teorias.

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