Paris Uma semana após Plutão ter sido rebaixado de sua condição de planeta, astrônomos rebeldes iniciaram uma contra-ofensiva para que ele recupere o status perdido. Uma petição assinada por mais de 300 cientistas a maioria dos Estados Unidos circula na comunidade astronômica.
Eles consideram pouco representativa a decisão tomada numa assembléia da União Astronômica Internacional (UAI), há oito dias, em Praga, na República Tcheca. A decisão venceu entre os cerca de 430 astrônomos presentes, mas a UAI tem cerca de 10 associados.
Plutão passou a ser chamado de "planeta transnetuniano anão", porque sua trilha em volta do Sol atravessa a do planeta Netuno e seu tamanho é considerado pequeno.
"Como planetólogos e astrônomos, não estamos de acordo com a definição de planeta da UAI e não a utilizaremos. Uma decisão melhor é necessária", ressalta o texto, que pode ser consultado na internet (http://www.ipetitions. com/petition/planetprotest). Para o organizador da contra-ofensiva, Mark Sykes, que dirige o Instituto de Ciências Planetárias em Tucson (Arizona), "um processo mais aberto, envolvendo uma análise mais aprofundada de nosso próprio Sistema Solar e de outros sistemas, deveria ser realizada", afirma.
Os rebeldes devem organizar uma conferência até a metade do próximo ano para alterar a definição oficial dos planetas.
Um outro cientista envolvido nesta iniciativa é Alan Stern, diretor da missão New Horizons de exploração de Plutão. Esta sonda automática, lançada em janeiro, transporta uma parte das cinzas de Clyde Tombaugh, o astrônomo americano que descobriu Plutão em 1930.
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