Reconstrução artística da criatura, criada com base nos fósseis encontrados| Foto: Divulgação/Cambridge University

Uma criatura marinha, microscópica, de 540 milhões de anos atrás: assim é o ancestral mais antigo do ser humano, descoberto em forma de fóssil na China, no ano passado.

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Integrante do grupo de “deuterostômios”, animais primitivos que originaram uma série de outras espécies de vertebrados, a criatura foi chamada pelos cientistas responsáveis pelo achado de Saccorhytus Coronarius. As informações são do portal da BBC.

De acordo com o estudo, o animal foi o primeiro da linha evolucionária a dar origem a várias espécies, inclusive os humanos. Medindo cerca de um milímetro, Saccorhytus teria vivido entre os grãos de areia do oceano.

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<i>Saccorhytus Coronarius </i>teria sido ancestral de várias espécies, incluindo diversos peixes. 

A característica mais marcante da criatura é o tamanho de sua boca, muito grande se comparada ao resto do corpo. Os cientistas presumem que se alimentava engolindo partículas de alimentos e outros seres vivos.

O principal motivo para a constatação da ancestralidade é presença de simetria em sua estrutura, assim como ocorre nos humanos e em seus descendentes evolucionários.

Além disso, o animal seria coberto com uma pele fina e relativamente flexível e músculos, levando os pesquisadores a concluir que ele se movia por contração muscular.

Já as estruturas cônicas salientes presentes em seu corpo teriam funcionado como guelras, permitindo que a água do mar entrasse e saísse.

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Pesquisa científica

Publicado na revista Nature, o estudo foi realizado por uma equipe internacional de pesquisadores. Entre eles, encontram-se integrantes do Reino Unido, da China e da Alemanha.

Membro da equipe, o professor Simon Conway Morris, da Universidade de Cambridge, explicou à BBC que o fóssil encontra-se em um estado de conservação incomparável. “A olho nu, os fósseis que estudamos parecem minúsculos grãos pretos, mas sob o microscópio o nível de detalhes era maravilhoso”, comemorou Morris.

Colaborou: Cecília Tümler