Centro da Via Láctea| Foto: Reprodução/ESO

Há um buraco negro gigantesco no centro da Via Láctea, a galáxia onde fica o planeta Terra. A confirmação é dos astrônomos alemães.

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Os especialistas, segundo informações da agência BBC, rastrearam o movimento de 28 estrelas que circulavam no centro da galáxia utilizando o Observatório Europeu do Sul, no Chile.

De acordo com o trabalho científico publicado na revista "The Astrophysical Journal", o buraco negro tem uma massa 4 milhões de vezes maior do que a do nosso Sol.

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Buracos negros são objetos cuja gravidade é tão forte que nada - nem a luz - consegue escapar.

Os resultados, segundo Robert Massy da Sociedade Real Astronômica, sugerem que as galáxias se formam em volta de buracos negros gigantescos, tal como pérolas surgem ao redor de fragmentos dentro das ostras.

'A pérola negra'

Massy disse: "Embora nós pensemos em buracos negros como algo ameaçador, no sentido de que se você se aproximar de um estará em perigo, eles podem ter desempenhado um papel em ajudar a formação de galáxias - não apenas a nossa própria mas todas as galáxias".

"Eles desempenharam um papel em juntar matéria e se houver uma densidade de matéria alta o suficiente há condições para as estrelas se formarem. Então a primeira geração de estrelas e galáxias pode ser criada."

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Os pesquisadores do Instituto para Física Extraterrestre Max-Planck, na Alemanha, disseram que o buraco negro está a 27 mil anos-luz da Terra.

"Sem dúvida, o aspecto mais espetacular de nosso estudo de 16 anos é que ele proporcionou o que é considerada agora a melhor evidência empírica de que maciços buracos negros realmente existem", afirmou Reinhard Genzel, chefe da equipe de pesquisa.

"As órbitas estelares no centro da galáxia mostram que a concentração central de massa de 4 milhões de massas solares tem de ser um buraco negro, acima de qualquer dúvida razoável."