Cientistas encontraram uma cratera lunar de 200 quilômetros de largura que pode ser a primeira do tipo detectada em pelo menos um século. Chamada temporariamente de “Amelia Eahart”, em homenagem à aviadora americana, a cratera foi localizada pelos pesquisadores após análise dos dados coletados pelas sondas Grail, da Nasa.
A cratera fica na face da lua voltada para a terra e deve ser mais antiga que a Bacia Serenitatis. Os estudiosos chegaram à conclusão sobre a idade do “buraco” após constatarem que ele estava parcialmente escondido sob escombros do impacto que gerou a Serenitatis há 3,9 bilhões de anos. A batida causou modificações na cratera lunar, oferecendo dificuldades para que ela fosse identificada antes pela ciência.
A descoberta aconteceu quando os cientistas pesquisavam dados sobre estruturas subterrâneas ocas, conhecidas como “tubos de lava”. Através de cálculos do campo gravitacional lunar, foi possível identificar a presença da cratera, já que a aceleração da gravidade pode mudar de acordo com a topografia. “Provavelmente, essa é a primeira descoberta em um século, talvez dois, de uma cratera tão grande no lado mais próximo da lua”, afirmou o professor Jay Melosh, que participa da pesquisa, ao site de notícias BBC.
O nome Amelia Eahart, que ainda precisa ser aprovado pela União Astronômica Nacional, foi escolhido por conta de sua relação com a Universidade de Purdue, onde foi feita a descoberta e da qual a aviadora foi membro do corpo docente de 1935 até 1937, e devido a seu pioneirismo na aviação mundial. Amelia foi a primeira mulher a voar sozinha sobre o oceano atlântico. Ela desapareceu em um voo de volta ao mundo em 1937.
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