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Descoberta

Cientistas finlandeses identificam nova proteína para a cura do Mal de Parkinson

Cientistas finlandeses afirmam ter identificado uma nova proteína que, no momento, conseguiu recuperar em cobaias os neurônios mortos em virtude do Mal de Parkinson - uma síndrome degenerativa do sistema nervoso central de causa desconhecida, caracterizada por tremores rítmicos, rigidez facial e festinação.

A nova molécula, denominada "conserved dopamine neurotrophic factor" - fator neurotrófico de dopamina conservada (CDNF), previne a degeneração das células que produzem a dopamina e também pode ser útil para recuperar as células já destruídas.

Segundo as observações realizadas em cobaias, a CDNF "foi pelo menos tão eficaz" como o GDNF (glial cell-derived neurotrophic factor) (fator neurotrófico de células gliais derivadas), que até agora é a principal novidade nas pesquisas sobre uma cura eventual para o Mal de Parkinson, acrescentaram os pesquisadores.

Além dos neurônios, o sistema nervoso apresenta-se constituído pelas células glia, ou células gliais, cuja função é dar sustentação aos neurônios e auxiliar o seu funcionamento. As células da glia constituem cerca de metade do volume do nosso encéfalo. Há diversos tipos de células gliais. Os astrócitos, por exemplo, dispõem-se ao longo dos capilares sanguíneos do encéfalo, controlando a passagem de substâncias do sangue para as células do sistema nervoso. Os oligodendrócitos e as células de Schwann enrolam-se sobre os axônios de certos neurônios, formando envoltórios isolantes.

Os cientistas, chefiados por Mart Saarma, da Universidade da Finlândia, vão publicar suas descobertas na edição desta quinta-feira da revista científica britânica Nature.

O Mal de Parkinson afeta pelo menos 1% das pessoas com mais de 65 anos.

A dopamina cumpre funções de neurotransmissor no sistema nervoso central tendo também função fundamental para o controle dos movimentos.

A destruição dos neurônios que produzem dopamina pode causar o Mal de Parkinson. Por isso, os tratamentos contra essa doença se centram na administração de um substituto farmacêutico da dopamina, assim como na recuperação e proteção das células que a produzem.

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