No total, 2.393 cubanos foram presos por razões políticas no primeiro trimestre deste ano, incluindo os detidos preventivamente em função da recente visita do Papa Bento XVI à ilha, cifra que superar a registrada em todo 2010, afirma a ilegal Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional.
Essa organização disse que, em março, houve ao menos 1.158 detenções arbitrárias por razões políticas e mais da metade foi realizada antes e durante a visita do Papa.
"Certo número delas foram de prisões domiciliares extrajudiciais sob custódia de agentes policiais e parapoliciais e a ameaça certa de que os detidos em seus domicílios seriam presos se deixassem seus lares", indica o informe assinado pelo porta-voz Elizardo Sánchez.
Em outro informe da Comissão, também enviado à AFP por e-mail, o grupo relata que Andrés Carrión, o opositor que ficou preso 18 dias depois de gritas slogans contra o governo comunista durante uma missa de Bento XVI em Santiago de Cuba (sudeste), foi detido novamente na segunda-feira (16), junto com outro ativista, Anyer Antonio Blanco Rodríguez, da União Patriótica de Cuba.
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