Civis palestinos deixam Rafah após Israel iniciar ofensiva na cidade no sul da Faixa de Gaza| Foto: EFE/EPA/MOHAMMED SABER
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A Corte Internacional de Justiça (CIJ), o mais alto tribunal das Nações Unidas, anunciou que ouvirá na quinta (16) e sexta-feira (17) os argumentos de África do Sul e Israel, respectivamente, sobre os riscos a civis na Faixa de Gaza após a intensificação da ofensiva do Exército israelense sobre a cidade de Rafah, que representa um “risco extremo” para a “própria sobrevivência” dos palestinos no enclave, alegaram os sul-africanos.

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Nestas sessões, a CIJ ouvirá os argumentos de ambos os países sobre a “indicação de medidas cautelares adicionais e a modificação daquelas anteriormente prescritas pela Corte” no caso iniciado em 29 de dezembro do ano passado por Pretória.

A África do Sul apresentou nova solicitação na última sexta (10) pedindo novas medidas à CIJ, alegando que a ofensiva do Exército israelense em Rafah “equivale a uma mudança” na situação em Gaza desde a última vez que a Corte se pronunciou sobre este caso, com uma ordem emitida em 28 de março, pedindo que Israel tomasse medidas para “prevenir o genocídio” na Faixa.

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A África do Sul advertiu que Rafah é “agora efetivamente o último refúgio em Gaza para o 1,5 milhão de palestinos da cidade” ou deslocados pela ofensiva israelense.

Israel diz que tem respeitado as leis internacionais, tomando medidas para reduzir o número de mortes de civis, o que inclui avisos de evacuação antes de ações militares em Gaza, mas destacou que o grupo terrorista Hamas utiliza infraestruturas civis para esconder seus integrantes e estocar armas.

Também descreveu as acusações de genocídio da África do Sul como “ultrajantes e categoricamente negadas”, acusou Pretória de agir como o “braço legal do Hamas” e condenou seu “tom belicoso e ofensivo”.

Nesta semana, o Egito informou que vai se juntar à África do Sul no processo na CIJ, o que coloca em xeque as boas relações entre os egípcios e Israel desde os acordos de paz assinados no final da década de 1970.

Nesta terça-feira (14), a Turquia confirmou que também vai aderir à ação da África do Sul, mas neste caso as relações com Israel já estavam deterioradas: o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, comparou o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, a Adolf Hitler e Ancara cortou no início do mês o comércio entre os dois países. (Com Agência EFE)

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