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guerra na líbia

Cinco civis são mortos em combates de Misrata, dizem médicos

Rebeldes disseram ter travado choques ferrenhos com tropas pró-governo na cidade líbia de Misrata na quarta-feira enquanto profissionais médicos informaram que cinco civis morreram em ataques de morteiros.

Oito pessoas foram mortas na terça-feira, em sua maioria civis, segundo os rebeldes.

A terceira maior cidade da Líbia, que é o último reduto importante dos insurgentes no oeste do país, está cercada há mais de sete semanas em uma guerra civil que começou em fevereiro.

Acredita-se que centenas de pessoas já foram mortas na cidade de 300 mil habitantes, onde grupos humanitários dizem que a situação está se agravando devido à falta de alimentos e suprimentos médicos.

Em um sinal das dificuldades, este correspondente viu uma longa fila de pessoas que procuravam comprar combustível. O fornecimento de eletricidade à cidade foi cortado, de modo que os moradores dependem de geradores.

Havia várias barreiras montadas no trajeto entre o porto de Misrata e o centro, controlado pelos rebeldes. Um homem armado com um fuzil de caça estava em uma das barreiras.

Milhares de trabalhadores migrantes aguardam ser resgatados na área do porto de Misrata.

"Combates acirrados estão sendo travados agora na avenida Nakl el Thequeel, que vai ao porto. As forças de Gaddafi vêm tentando controlar essa avenida para isolar a cidade", disse mais cedo um porta-voz dos rebeldes, Abdelsalam.

"Aviões da Otan estão sobrevoando Misrata, mas não sei se há ataques", disse ele, falando ao telefone desde a cidade. "A Otan vem sendo ineficiente em Misrata. A Otan falhou por completo em mudar a situação em campo."

Abdelsalam disse que também foram travados "choques violentos" na rua Trípoli, a avenida principal de Misrata e outro campo de batalha crucial, pela manhã. "Estou ouvindo explosões neste instante. Atiradores de elite estão posicionados ali em grande número", disse ele. "Os civis não podem sair, por medo de serem mortos a tiros."

Autoridades líbias dizem que estão combatendo milícias vinculadas à Al Qaeda e que têm por objetivo destruir o Estado norte-africano produtor de petróleo. Elas negam que as tropas do governo estejam disparando contra Misrata e seus cidadãos.

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