Mohammad Rasoulof (ao centro) discursa após ganhar um prêmio por seu filme ‘Lerd’ (Um homem de integridade) durante a Cerimônia de Premiação Uncertain Regard do 70º Festival de Cinema de Cannes em 2017| Foto: EFE/EPA/SEBASTIEN NOGIER
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O cineasta Mohammad Rasoulof foi condenado por um tribunal revolucionário do regime do Irã a oito anos de prisão, além de receber a punição de chicotadas e ter seus bens confiscados, disse nesta quarta-feira (8) Babak Paknia, seu advogado.

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Rasoulof foi condenado sob acusação de “conspiração com a intenção de cometer crimes contra a segurança do país”. Tal acusação baseia-se na assinatura de comunicados e na realização de filmes e documentários que, segundo o tribunal, constituem atos de “conspiração”, disse Paknia em sua conta no X (antigo Twitter).

O advogado explicou que a sentença contra Rasoulof foi emitida pela sala 29 do tribunal revolucionário e confirmada pela sala 36 de um tribunal de apelação do país. Neste momento, as autoridades já estão realizando a execução das sentenças.

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O cineasta, que já recebeu diversos prêmios internacionais, foi preso pelo regime iraniano em julho de 2022 por apoiar protestos populares que ocorriam no país.

A situação de Rasoulof é um reflexo do cenário cada vez mais hostil para vozes críticas no Irã. Recentemente, outros indivíduos também foram condenados por tribunais iranianos, incluindo Mahmoud Mehrabi, sentenciado à pena de morte por posts na internet, e o rapper Toomaj Salehi, condenado pelo apoio aos protestos contra o regime islâmica.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]