Imagem mostra as vítimas do ataque: a repórter Alison Parker e o cinegrafista Adam Ward| Foto: HANDOUT/REUTERS

Aos 27 anos, o americano Adam Ward trabalhava para o canal de TV WDBJ desde o início da sua carreira como cinegrafista. Logo depois de se formar em 2011 na Virginia Tech, uma universidade estadual nos Estados Unidos, foi contratado pela emissora, afiliada à CBS. Durante o ensino médio, frequentou a Salem High School, na Virgínia, mesmo estado em que permaneceu pelos anos seguintes durante sua trajetória profissional.

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Ao ser acertado pelos tiros enquanto filmava uma entrevista ao vivo conduzida pela repórter Alison Parker, Ward ainda registrou o rosto do assassino, um ex-colega da emissora WDBJ.

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Pessoas que trabalharam com Ward contaram que o cinegrafista planejava mudar de emprego em breve, depois de se mudar para o estado da Carolina do Norte. Os planos de mudança seguiam os passos da noiva, Melissa Ott, que era produtora da mesma emissora. Ela estava no centro de comando da emissora e viu a transmissão do crime ao vivo.

Pela manhã, antes de sair para a entrevista na cidade de Moneta, Ward tinha participado de uma festa de despedida para Melissa no trabalho no seu último dia antes de se transferir para a cidade de Charlotte, na Carolina do Norte. O casamento dos dois estava marcado para o ano que vem.

Ao comentar com pesar a morte inesperada do cinegrafista, outros colegas contaram que ele “nunca foi visto sem um sorriso no rosto”, além de ter sido muito ligado à universidade onde estudou e um grande fã de futebol.

Ward entrou para Virginia Tech em 2007, mesmo ano em que um atirador fez 32 vítimas no local. Em abril, por conta do aniversário do massacre, o cinegrafista trocou a imagem de seu perfil no Facebook por um logo da faculdade com uma fita preta, em sinal de luto. Nesta quarta-feira, a instituição emitiu um comunicado: “É chocante e profundamente triste para esta comunidade ser atingida novamente pela violência com armas.”