![Cinegrafista húngara diz que se arrepende de ter chutado refugiados No vídeo, cinegrafista húngara aparece dando rasteira em refugiados sírios | /Reprodução](https://media.gazetadopovo.com.br/2015/09/petra2-kkl-u101676145115xnd-1024x697-1.0.1725452413-gpLarge.jpg)
A cinegrafista húngara Petra Laszlo, que chutou e derrubou refugiados quando fugiam da polícia esta semana, disse que, como mãe, está arrependida de suas ações e agiu em momento de pânico.
Vídeo mostra policiais jogando alimentos para refugiados como “se fossem animais”
![](/ra/media/Pub/GP/p4/2015/09/12/Mundo/Imagens/Cortadas/food-kTGE-U101677175270oPH-1024x583@GP-Web.jpg)
Ao mesmo tempo, a polícia húngara afirmou tê-la interrogado na quinta-feira (10) como suspeita, depois que promotores ordenaram uma investigação do caso por conduta desordeira.
A cinegrafista foi demitida na terça-feira do canal de notícias N1TV, também conhecido como Nemzeti TV, depois que vídeos de suas ações se espalharam na mídia e na internet. Vídeos separados mostram Petra chutando uma menina e fazendo tropeçar um homem que carregava uma criança no colo, num momento em que centenas de estrangeiros, muitos deles refugiados sírios, fugiam da polícia na fronteira sul da Hungria com a Sérvia.
“Sinceramente, eu me arrependo do que aconteceu... Estou praticamente em choque com o que fiz, e o que foi feito comigo”, escreveu Petra em carta publicada no site do jornal Magyar Nemzet.
Ela disse que entrou em pânico quando centenas de imigrantes começaram a correr em sua direção, e quis se proteger. “Não sou uma cinegrafista racista sem coração que chutaria crianças... sou uma mulher, uma mãe com filhos pequenos, que depois perdeu o emprego, e que tomou uma má decisão em pânico”, acrescentou.
O governo de direita da Hungria assumiu uma posição linha-dura em relação ao fluxo de imigrantes através das suas fronteiras, a caminho da Europa Ocidental, retratando-os como uma ameaça para a prosperidade da Europa e os “valores cristãos”.
A Hungria registrou este ano a passagem de mais de 170.000 refugiados, muitos deles fugindo de conflitos no Oriente Médio.
A polícia vem tentando cercá-los e registrá-los, em conformidade com as regras da União Europeia, mas muitos recusam, temendo serem forçados a ficar na Hungria, em vez de passar para a Alemanha ou a Suécia.
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