O governo de Cingapura, que vem enfrentando reclamações de residentes que precisam competir com estrangeiros por emprego, endureceu na terça-feira as regras para que empresas contratem funcionários de outros países para posições de nível médio.
O governista Partido da Ação do Povo (PAP) está sob pressão para restringir o número de estrangeiros que procuram trabalho na cidade-Estado depois das eleições parlamentares de maio, em que a oposição conquistou vitórias históricas.
A falta de mão-de-obra faz com que as empresas dependam de trabalhadores imigrantes para muitos empregos. Além da concorrência por trabalho, os eleitores também estão insatisfeitos com a competição por vagas em escolas.
A partir de janeiro de 2012, um estrangeiro precisa ganhar 3.000 dólares cingapurianos (2.493 dólares) ou mais por mês antes de se qualificar por um visto de trabalho que lhe permitirá trabalhar em Cingapura.
Em julho, Cingapura elevou o salário mínimo de qualificação de 2.500 dólares cingapurianos para 2.800 dólares cingapurianos.
"Nossa meta é evitar a crescente dependência de trabalhadores estrangeiros no longo prazo, mantendo a parcela de mão-de-obra estrangeira em cerca de um terço", disse o Ministério de Força de Trabalho, em comunicado.
As mudanças vão assegurar que "conforme os salários dos cidadãos locais aumentam à medida que eles ganham experiência e progridem na carreira, eles não fiquem em desvantagem perante detentores de visto de trabalho que chegam com salários mais baixos", acrescentou o ministério.
Quem não se qualificar para um visto de trabalho pode continuar trabalhando em Cingapura, mas o empregador estará sujeito a várias cotas e taxas. As regras não afetam quem detém visto de residência permanente.
Atualmente, os estrangeiros representam cerca de 35 por cento dos 5,1 milhões de moradores de Cingapura, que serve como sede regional de muitos bancos e empresas multinacionais.
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