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Avião ficou encoberto por cinzas do vulcão chileno | REUTERS/Chiwi Giambirtone
Avião ficou encoberto por cinzas do vulcão chileno| Foto: REUTERS/Chiwi Giambirtone

A nuvem de cinzas do vulcão chileno Puyehue-Caulle, que fica perto da fronteira com a Argentina, prejudica hoje a operação de voos entre o Brasil e a Argentina. O vulcão entrou em erupção no sábado.

Levantamento feito pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) aponta que quatro chegadas - sendo três de Buenos Aires e uma de Córdoba - foram canceladas. As aeronaves deveriam pousar no Aeroporto do Galeão, na zona norte do Rio de Janeiro. Cinco partidas, todas para Buenos Aires, previstas para ocorrer até as 12 horas de hoje, também foram canceladas.

No Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, uma chegada de Buenos Aires e três partidas para a Argentina foram canceladas. Os voos estavam previstos para ocorrer nesta manhã.

De acordo com o relatório da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) um voo da Pluna procedente de Montevidéu, no Uruguai, e um da Gol com destino a Buenos Aires, na Argentina, programados para o Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, foram cancelados nesta terça-feira.

Também foram registrados cancelamentos de voos entre Curitiba e Foz do Iguaçu, mas as companhias aéreas não confirmaram se há relação entre os cancelamentos e as cinzas vulcânicas.

Na Argentina

Os contratempos aumentaram na Argentina nesta terça-feira com o cancelamento de voos e mais cidades afetadas pelas cinzas lançadas por um complexo vulcânico que entrou em erupção no sábado, no sul do Chile.

A Patagônia é uma das regiões mais afetadas, com importantes centros turísticos de inverno tendo de reduzir ao mínimo suas atividades.

Os fortes ventos desde a cordilheira dos Antes até o Oceano Atlântico complicavam as operações das companhias aéreas comerciais, que também começaram a cancelar voos para o exterior.

O aeroporto da cidade Argentina de San Carlos de Bariloche, no sul, permanecia fechado por falta de visibilidade. O principal centro de esqui da América do Sul e os seus arredores estavam cobertos de cinza.

Além disso, a rodovia Cardenal Samore, importante passagem na fronteira entre Chile e Argentina, continuava fechada por causa da escassa visibilidade e o acúmulo de cinzas.

As autoridades argentinas desaconselham o uso das estradas na região afetada pelas cinzas. Algumas delas estão com o trânsito interrompido.

O fechamento do movimentado aeroporto de Bariloche obrigou a companhia aérea LAN Argentina, filial local da chilena LAN, a Aerolíneas Argentinas e a Austral a cancelarem seus serviços para e da região, que é vizinha ao complexo vulcânico chileno de Puyehue-Cordón Caulle, cuja erupção lançou lavas e provocou o desprendimento de pedras.

A estatal Aerolíneas Argentinas informou que não haverá voos para Bariloche, como também a partir da cidade, até o próximo domingo. As operações noturnas até Santiago, capital do Chile, e a província Argentina de Mendoza estão suspensas até quinta-feira.

A LAN Argentina informou o cancelamento de pelo menos dois voos do Chile a Buenos Aires e idênticas previsões para Lima. Outras viagens estão sob observação.

A imprensa local afirmou que também empresas dos Estados Unidos cancelariam nesta terça-feira vôos para e do Aeroporto Internacional de Ezeiza, em Buenos Aires.

As graves consequências sobre as localidades argentinas na região da cordilheira levaram a própria presidente Cristina Kirchner a contatar as autoridades da área por causa de sua proximidade com o complexo vulcânico.

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