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Paralisação

Cinzas de vulcão chegam ao Brasil e cancelam voos

Avião impedido de decolar no aeroporto de Bariloche, cidade turística da Patagônia, após tempestade de cinzas vulcânicas ter coberto a cidade | Chiwi Giambirtone/Reuters
Avião impedido de decolar no aeroporto de Bariloche, cidade turística da Patagônia, após tempestade de cinzas vulcânicas ter coberto a cidade (Foto: Chiwi Giambirtone/Reuters)

A nuvem de cinzas que vem sendo expelida pelo vulcão chileno Puyehue desde sábado causou on­­tem um dia de caos nos aeroportos de Argentina, Brasil, Chile, Para­­guai, Peru e Uruguai. Pelo menos 270 voos foram cancelados na região por causa da presença no ar de material vulcânico, que oferece alto risco aos aviões.

Desde a crise área de 2007 não se via no Brasil um índice tão alto de cancelamentos de voos internacionais – das 164 partidas programadas até as 19 horas de ontem, 60 (ou 36,6% do total) não ocorreram.

Só a TAM teve 35 voos cancelados, enquanto a Gol Linhas Aéreas cancelou 19. Brasileiros que estavam em Assunção, Buenos Aires, Montevidéu, Santiago e Lima não conseguiram voltar para casa – a maioria espera ser realocada em outros voos durante a semana.

Em Bariloche, um dos principais destinos turísticos da Ar­­gen­­tina, quase todas as residências fi­­caram sem energia elétrica e água. A expectativa é de que a situação melhore a partir de hoje – na tarde de ontem aeroportos de Argen­­tina e Chile voltaram a funcionar, mas, por precaução, a maioria das empresas preferiu não voar.

O Aeroporto de Guarulhos foi o mais prejudicado no país, com 43% de cancelamentos até as 19 horas. No fim da tarde, companhias aéreas não conseguiam encontrar quartos de hotéis suficientes na capital paulista para abrigar passageiros prejudicados – alguns foram avisados e tiveram de ser abrigados em estabelecimentos no litoral paulista.

Ainda ontem, a Força Aérea Bra­­sileira (FAB) informou que as cinzas chegaram ao Rio Grande do Sul, em uma faixa de 5.500 a 7.600 metros de altitude.

Uma sala de crise chegou a ser montada no Centro de Geren­ciamento da Navegação Aérea do Aeroporto Santos Dumont, no Rio, com representantes de Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Empresa Brasileira de Infraes­trutura Aeroportuária (Infraero) e companhias aéreas, além de meteorologistas. "Estamos em contato direto com o centro de controle dos Estados Unidos e Argentina, que mandam boletins para ajudar nas decisões", diz o diretor do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea), Ronaldo Jenkins.

Máscaras

Em Buenos Aires, portenhos ama­­nheceram com um céu cinzento provocado pelas partículas vulcânicas. Os governos das províncias de Neuquén, Río Ne­­gro e Chu­­but distribuíram máscaras cirúrgicas à população. Em Puer­­to Ma­­dryn, na província de Chu­­but, às margens do Oceano Atlân­­tico, a 800 quilô­me­­­­­tros de Bari­­loche, autoridades re­­comenda­­ram à po­­pulação não sair de casa. Assus­­ta­­­­dos, moradores correram às farmácias para comprar máscaras.

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