Civis sírios desesperados em busca de informações sobre suas casas atravessaram as pouco claras linhas de combate em torno do devastado bairro de Salaheddine em Aleppo neste domingo (12), ignorando os tiros que pipocavam e os avisos dos rebeldes para ficarem longe.
Civis dirigiram até os postos de controle dos rebeldes exigindo passagem, aparentemente convencidos por mensagens do governo de que o exército havia retomado o controle total do bairro, que serviu como cenário de lutas por três semanas.
"Atiradores, atiradores", gritavam os rebeldes nos postos de controle, mas algumas mulheres permaneceram lá, confusas e obstinadas, insistindo que tinham que passar para ver suas casas.
"Eu tenho que passar", implorava um homem. "Meu vizinho me disse que minha casa está sendo saqueada e eu preciso pegar minhas coisas. Por favor, deixe-me passar, eu parti só com a roupa do corpo".
Um combatente exasperado acabou respondendo: "Diga suas orações e vá, apenas vá."
Aleppo é vital para o presidente Bashar al-Assad, que luta pela sobrevivência do sistema de governo que sua família e membros do seu clã alauíta, de minoria no país, vêm dominando há quatro décadas.
Dezenas de moradores de Salaheddine voltaram depois que a televisão estatal síria transmitiu garantias de que a área estava agora livre de "terroristas" e que as famílias estavam voltando para suas casas.
"Parabéns a Aleppo pela liberação de Salaheddine dos terroristas com a ajuda das famílias de Salaheddine", dizia uma mensagem de texto de uma rede de celular.
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