Dario Viganò foi ministro da Comunicação do Vaticano,| Foto: GABRIEL BOUYS/ AFP

O ministro da Comunicação do Vaticano, monsenhor Dario Viganò, deixou seu cargo nesta quarta (21), após ser acusado pela imprensa de manipular uma carta de Bento XVI sobre o papa Francisco.  

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A controvérsia explodiu na semana passada, depois da divulgação de uma carta de Bento 16. Nela, ele se recusava a escrever um prólogo da série de livretos sobre Francisco publicados por ocasião do quinto aniversário de seu pontificado.  

Os primeiros parágrafos da carta, na qual Bento XVI defende a formação teológica do papa argentino, foram divulgados há quatro dias pelo Vaticano por meio de uma foto digital.  

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No entanto, os meios de comunicação observaram que vários parágrafos haviam sido omitidos, entre eles um em que o pontífice emérito se nega por razões de "saúde e de tempo" a escrever um prólogo.  

Poucos dias depois, surgiu outro parágrafo importante, no qual Bento XVI explica que não aceita escrever a apresentação devido ao fato de que, entre os autores dos 11 livretos, figuram teólogos alemães - em particular, Peter Hünermann, crítico implacável de João Paulo II e de Joseph Ratzinger como teólogo e como papa.  

O departamento de imprensa do Vaticano reconheceu a omissão dos parágrafos, que justificou como um gesto de "discrição e não de censura".