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Clérigo anti-EUA oferece ajuda ao governo iraquiano após ataques

O clérigo xiita anti-americano Moqtada al-Sadr ofereceu ajudar o governo iraquiano a manter a segurança depois que ataques com bombas contra xiitas mataram 56 pessoas no que parece ser uma resposta de insurgentes sunitas.

A oferta de Sadr de utilizar seu exército paramilitar Mehdi foi feita num momento sensível para o Iraque, depois das eleições iraquianas que não produziram um vencedor claro e deixaram um vazio no poder que pode ser explorado por insurgentes.

Negociações difíceis sobre como formar um governo em 2006 deixaram o Iraque na iminência de uma guerra civil entre as seitas. O exército Mehdi xiita foi um dos principais responsáveis pela violência contra os sunitas durante o conflito.

Sadr mandou que seus soldados deixassem as armas e voltassem seus esforços a trabalhos sociais. Mas se o exército Mehdi for reativado, ele poderia aumentar a tensão quando a segurança no Iraque ainda é frágil. Além disso, as tropas americanas saem do país a partir de 2011.

"Eu ofereço minha disposição de ter centenas de crentes prontos .... a serem brigadas formais do exército iraquiano ou da polícia para proteger templos, mesquitas, mercados, casas e cidades," disse Sadr num comunicado.

É decisão do governo aceitar ou não.

O porta-voz do governo iraquianoAli al-Dabbagh recusou-se a comentar o comunicado de Sadr.

Os conflitos que se seguiram à invasão americana em 2003 reduziram-se, mas a tensão aumentou desde a eleição do mês passado.

A aliança Iraqiya, que tem sunitas e xiitas e é liderada pelo ex-primeiro ministro Iyad Allawi --que tem o apoio da minoria sunita-- ganhou o maior número de vagas no parlamento. Eles terminaram pouco à frente da coalisão Estado da Lei Xiita, liderada pelo primeiro-ministro Nuri al-Maliki.

Os sunitas dominaram o Iraque durante a ditadura de Saddam Hussein.

As explosões de sexta-feira aconteceram em diferentes partes de Bagdá, inclusive onde muçulmanos xiitas estavam reunidos em prece, perto do principal escritório de Sadr.

Autoridades dizem que os ataques têm o objetivo de reavivar o conflito entre as seitas e vingar a morte de dois líderes da al-Qaeda no Iraque.

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