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O clérigo jordaniano Abu Qatada está entre os 10 estrangeiros presos nesta quinta-feira na Grã-Bretanha, acusados de representar uma ameaça à segurança nacional. Qatada foi acusado pelo principal juiz da Espanha de ter inspirado os homens que realizaram os ataques de 11 de Setembro de 2001 aos EUA. No Líbano, um outro clérigo radical que fixara residência na Grã-Bretanha, também foi detido.

Desde o ataque de 7 de julho, em que quatro britânicos muçulmanos mataram 52 pessoas, o governo tem sido pressionado a tomar medidas duras contra estrangeiros que incitam o terrorismo.

- O serviço de imigração prendeu hoje dez estrangeiros que eu acredito que representavam uma ameaça à segurança nacional - disse o secretário (ministro) do Interior, Charles Clarke. - As circunstâncias de nossa segurança nacional mudaram. É vital agir contra aqueles que a ameaçam.

Criticado por seus sermões inflamados, Abu Qatada, um jordaniano de origem palestina, foi condenado à revelia na Jordânia, por envolvimento em planos de atentados a bomba.

Na quarta-feira, Jordânia e Grã-Bretanha firmaram um acordo que autoriza os tribunais britânicos a extraditarem jordanianos que, por suas pregações ou escritos, incitem ou tolerem atos de terrorismo. Pelo acordo, a Jordânia precisa garantir que os extraditados não sofrerão maus-tratos e torturas nem serão condenados à morte. A lei britânica impede extradição para países que dão ofereçam este tipo de garantia.

As prisões foram efetuadas durante operações em Leicestershire, Londres, Luton e West Midlands. Segundo a BBC, os países de origem dos detidos são Jordânia, Líbano, Argélia e outras nações do Norte da África. Não foi divulgada uma lista com os nomes dos presos.

BEIRUTE - No Líbano, autoridades detiveram nesta quinta-feira o clérigo radical islâmico Omar Bakri Mohammed, que chegara ao país no sábado, após abandonar a Grã-Bretanha, onde vivia há 20 anos. Ele temia ser preso sob as novas leis de combate ao terrorismo.

Segundo a emissora de TV Futuro, Bakri, de 47 anos, nascido na Síria, foi preso depois de sair os estúdios, no bairro Rauche, em Beirute. A emissora não especificou o que o clérigo fazia lá, nem se foi entrevistado antes de ser detido.

A detenção foi efetuada por membros da Diretoria Geral de Segurança. Não havia uma ordem de prisão, mas ele pode ficar detido por até 48 horas, para interrogatório.

Bakri também já viveu no Líbano e tem cidadania libanesa. Na terça-feira, ele havia dito que estava apenas de férias.

Entre as medidas anunciadas na semana passada pela Grã-Bretanha para endurecer a repressão a extremistas está a proibição de que dois grupos radicais operem no país. O clérigo Bakri teve ligações com os dois.

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