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Eleições EUA

Clima de incerteza na convenção dos democratas

"Nunca foi tão fácil vencer uma eleição presidencial", diziam os democratas no início do ano, quando começaram as primárias. Agora, porém, já não estão tão certos disso. A convenção do Partido Democrata começa amanhã num clima de quase pânico.

A vantagem de Barack Obama — que sempre se manteve com uma média de quatro a seis pontos porcentuais sobre John McCain — foi diluída. A expectativa era de que, a essa altura, o democrata já estivesse liderando por pelo menos dez pontos. Em vez disso, o republicano chegou a passar à frente dias atrás, em dois levantamentos.

A média dos resultados de todas as pesquisas vem mostrando há duas semanas que, na melhor das hipóteses, ambos estão empatados. Talvez o dado mais significativo seja o de que os índices mostram que não se trata de um crescimento de McCain mas, sim, de uma queda de Obama.

"Não é que os democratas pensem que McCain vai vencer. O que os preocupa, é que eles agora estão percebendo que McCain poderá vencer", definiu Peter Brown, especialista em pesquisas de opinião.

McCain compete claramente como um azarão. Ele próprio se define dessa forma. E está claro para o país, e certamente para o mundo, que essa eleição diz respeito mais a Obama, à sua capacidade de passar no teste das desconfianças.

"Todas as pesquisas mostram que depois de oito anos frustrantes, os americanos querem um presidente democrata. O problema é que, no fundo, eles ainda não estão seguros de que querem Barack Obama", concluiu Brown.

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