Brasília O clima de tensão se intensificou nesta sexta-feira (25) no Iêmen, na Síria e na Jordânia, países que nos últimos dias estão sob pressão interna de manifestantes que cobram mudanças políticas e criticam a falta de liberdade de expressão e política. Nos três países, os governantes prometem atender parte das reivindicações.
As informações são da BBC Brasil e das agências públicas de notícias de Portugal, Lusa, e da Argentina, Telam.
No Iêmen, o presidente Ali Abdallah Saleh, de 69 anos, avisou que pretende promover a transição democrática do poder, mas não informou quando isso deve ocorrer. Ao mesmo tempo, ele criticou a oposição e os militares que desertaram. Segundo o presidente, "mesmo que haja acordo com eles [líderes da oposição], a situação será pior do que agora".
Há mais de um mês, manifestantes protestam no país. Nesta sexta-feira, em frente à Universidade de Sanaa, na capital do Iêmen, os manifestantes decidiram fazer campanha denominada Jornada para a Saída de Ali Abdallah Saleh". Haverá marcha até o palácio presidencial. Há 39 anos, Saleh está no poder.
Na última quarta-feira (23), o Parlamento do Iêmen aprovou a instauração do estado de emergência durante 30 dias no país. A medida, que foi proclamada em 18 de março pelo chefe de Estado, suspende a Constituição, permite a censura dos meios de comunicação e proíbe manifestações de rua.
Na Síria, as autoridades anunciaram a libertação de cerca de 100 presos políticos detidos recentemente nos protestos que passaram a dominar o país. Não há detalhes sobre a libertação. A decisão, porém, é atribuída ao presidente sírio, Bashar Al Assad. Nos últimos dias, houve protestos contra o governo em várias cidades sírias, incluindo a capital Damasco.
Há 11 anos, Bachar Al Assad herdou a Presidência da Síria, depois da morte do pai, Hafez Al Assad, mantendo o estado de emergência imposto em 1963, quando o partido Baas chegou ao poder. A Casa Branca condenou a "brutal repressão" por parte do regime sírio contra os manifestantes que reclamam reformas políticas no país.
Na Jordânia, o rei Abdullah II também é alvo de protestos e críticas há mais de um mês. Os manifestantes cobram mudanças políticas, menos concentração de poder nas mãos do governante e mais participação popular. Hoje, ao longo do dia, há protestos organizados para pressionar o monarca.
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