Tempestades do Ártico podem piorar devido ao aquecimento global, um risco a novos negócios como exploração de petróleo e gás, pesca e navegação, indicou um estudo nesta quarta-feira (4).
"Grandes potenciais aumentos para eventos climáticos extremos foram encontrados em torno de toda a borda sul do oceano Ártico, incluindo os mares Barents, Bering e Beaufort", de acordo com o estudo do clima do Ártico feito por cientistas na Noruega e Inglaterra.
Uma diminuição de geleiras ao redor do pólo norte, que descongelaram para o mais baixo nível já registrado no verão de 2007, provavelmente causaria tempestades mais fortes que se formam somente em mar aberto e podem causar ventos com velocidade de furacão.
"A má notícia é que com a diminuição de geleiras você abre várias novas áreas para este tipo de evento extremo", disse Erik Kolstad do Centro Bjerknes para Mudanças Climáticas na Noruega, que escreveu o estudo com um pesquisador do grupo inglês de pesquisa sobre a Antártica.
Pontenciais novos negócios no norte - como pesca, petróleo e gás ou navegação - poderiam estar vulneráveis aos novos eventos climáticos, escreveram os pesquisadores no jornal Climate Dynamics.
Empresas precisariam levar em conta os riscos de piora no clima no planejamento, especialmente em partes do ano com menos geleiras - outono e início do inverno.
Kolstad disse que haveria menos gelo e mais tempestades na parte leste do mar Barents onde o grupo russo de energia Gazprom planeja explorar a gigante bacia de gás Shtokman.
Potenciais novas e mais curtas rotas de navegação entre os oceanos Atlântico e Pacífico em torno da costa norte do Canadá e o Alasca ou Rússia poderiam ter tempestades mais violentas do que esperado.
O estudo foi baseado em informações coletadas no Ártico europeu e focou nas mudanças do Ártico. Sugeriu também que regiões mais populosas no sul da Europa poderiam se beneficiar se as tempestades se movessem para o norte.
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