A Agência de Administração de Saúde da Flórida (AHCA, na sigla em inglês), nos Estados Unidos, fechou a American Family Planning Abortion Clinic, uma clínica americana de aborto e planejamento familiar, na pequena cidade de Pensacola. A ordem de emergência foi apresentada por não cumprimento de protocolos de segurança. De acordo com a agência, duas mulheres foram hospitalizadas em estado grave após realizarem abortos no segundo trimestre de gravidez.
Uma paciente precisou retirar o útero
Segundo as denúncias, em março deste ano, uma paciente teria tido sangramentos depois da intervenção e a equipe da clínica determinou que ela deveria ser encaminhada ao hospital. Quando os profissionais de transferência chegaram para levá-la, documentaram que havia "grandes poças de sangue no chão". A ordem da agência de saúde também cita que a paciente estava fria ao toque, não tinha pulso detectável e apresentava pressão arterial extremamente baixa.
No hospital, ela passou por uma cirurgia de emergência. Documentos revelam que o médico encontrou um "grande buraco na parede esquerda do útero e outro no lado direito". A mulher passou, então, por uma histerectomia completa (remoção total do útero) e recebeu 10 litros de sangue para estabilizá-la.
Outra paciente precisou ser reanimada
Em maio, outra paciente estava na clínica para fazer um aborto com 19 semanas de gravidez e, depois de receber medicamentos de preparação, foi instruída a esperar dentro do carro, apesar dos regulamentos que exigem que os sinais vitais sejam monitorados em uma sala de exames. Mais tarde, o procedimento da paciente foi interrompido quando houve uma possível ruptura do útero.
A clínica orientou o marido dela a levá-la a um hospital de outra cidade. Chegando lá, a equipe médica registrou que a mulher não apresentava pressão arterial e o nível de oxigênio no sangue estava em 80%. Ela precisou ser reanimada e receber transfusão.
A clínica está fechada desde o último fim de semana
A clínica foi fechada no último sábado (21). A ordem de emergência da agência de saúde da Flórida também revelou outras queixas sobre a clínica: mulheres com lacerações cervicais e perda excessiva de sangue em diferentes partes do corpo, além de um médico que admitiu não saber quais protocolos de emergência estavam em vigor.
A advogada da clínica, Julie Gallagher, disse à rádio americana WUWF que “deve-se ressaltar que a suspensão do AHCA é baseada em duas, e apenas duas, pacientes de mais de 100 mil pacientes atendidos”. A American Family Planning Abortion Clinic e Gallagher não responderam ao pedido de entrevista da redação.
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