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Clint Eastwood nega ter apoiado Obama em comercial da Chrysler

Imagem do comercial da Chrysler com o ator Clint Eastwood que causou polêmica nos EUA | Chrysler/Divulgação/Reuters
Imagem do comercial da Chrysler com o ator Clint Eastwood que causou polêmica nos EUA (Foto: Chrysler/Divulgação/Reuters)

O ator americano Clint Eastwood negou que o anúncio que protagonizou no domingo passado (5) para a empresa automobilística Chrysler, transmitido no intervalo do Super Bowl, contenha uma mensagem política favorável à reeleição do presidente Barack Obama.

"Não estou filiado politicamente a Obama; o anúncio deveria ser uma mensagem sobre o crescimento do emprego", esclareceu o ator em comunicado enviado à emissora "Fox News".

O comercial transmitido na final do Super Bowl gerou uma espiral sem precedentes de críticas de alguns meios de comunicação e colunistas por seu suposto conteúdo político.

O anúncio traça um paralelo entre uma possível virada em uma final de futebol americano e a saída da crise para a classe média e o setor automotivo americano. "Estamos na metade da partida", diz o ator no comercial.

"Este país não pode ser nocauteado por um murro. Estamos ressurgindo de novo e quando o fizermos, o mundo vai ouvir o rugir de nossos motores", narra a voz ronca de Eastwood.

A alusão ao segundo tempo foi vista como um apoio às aspirações de Obama de vencer um segundo mandato nas eleições de novembro deste ano.

Obama usou reiteradamente como exemplo a indústria do automóvel, que foi capaz de reviver graças às ajudas públicas que recebeu em 2009 para fugir da crise.

Apesar de tudo, em seu esclarecimento desta terça-feira (7), Clint Eastwood assegura que o anúncio nada tem a ver com Obama nem com sua campanha.

Segundo o ator, "todos os políticos estarão de acordo" com a mensagem do comercial e defendeu "o espírito" da produção audiovisual, com imagens de cidadãos e territórios afetados pela crise econômica.

"Se Obama ou qualquer outro político quer aproveitar o espírito desse anúncio, é problema deles", frisou Eastwood em sua nota à "Fox News", um dos meios conservadores que interpretou o anúncio como um respaldo às políticas do atual presidente.

Por sua parte, o executivo-chefe da Chrysler, Sergio Marchionne, disse ontem que o comercial representa "o espírito da Chrysler", e agradeceu ao ator e à equipe criativa pelo trabalho bem-sucedido.

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