A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, está incentivando a China a continuar investindo em títulos do Tesouro dos EUA e disse que a continuidade dos investimentos de Pequim nos EUA é um reconhecimento de que os dois países dependem um do outro. "Penso que o governo chinês e o banco central estão tendo uma sábia decisão de continuar a investir nos títulos do Tesouro", disse durante uma entrevista neste domingo. "É um investimento seguro. Os EUA têm uma bem merecida reputação financeira.

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Com o objetivo de incrementar a economia, os EUA têm incorrido em mais dívidas, disse Clinton. "Não seria do interesse da China se nós fôssemos incapazes de fazer nossa economia mover", acrescentou a secretária. "Ao continuar mantendo os instrumentos do Tesouro americano, a China está reconhecendo nossa interconexão. Iremos verdadeiramente crescer ou cair juntos. Estamos no mesmo barco e felizmente remando na mesma direção.

"Nossas economias estão bastante entrelaçadas, os chineses sabem que têm de começar a exportar de novo para seu maior mercado, ou seja, os Estados Unidos, que têm de tomar medidas drásticas com seu pacote de estímulo, o qual significa que temos de incorrer em mais dívidas.

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Com a economia fortemente exportadora chinesa vacilando ante o mau momento americano, Clinton tem procurado em suas reuniões com o presidente Hu Jintao, o ministro do Exterior, Yang Jiechi, e o primeiro-ministro, Wen Jiabao, tranquilizar Pequim de que a manutenção de títulos do Tesouro e outros títulos de dívida continua um sólido investimento.

Yang respondeu que a China quer ver seu estoque em títulos de dívida estrangeiras - o maior do mundo, de US$ 1,95 trilhão - investido em segurança e quer continuar a trabalhar com os Estados Unidos. "Eu quero enfatizar que os fatos falam mais alto que as palavras. O fato é que a China e os Estados Unidos têm tido grande cooperação e estamos prontos para continuar a conversar com o lado americano", disse Yang.

Durante sua viagem à China, a ênfase de Clinton na economia global, nas mudanças climáticas e na segurança significou a crescente importância das relações EUA-China.