Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Diplomacia

Clinton pede, e Kim Jong perdoa jornalistas presas

Bill Clinton posa com Kim Jong-il, em Pyongyang, após negociar a libertação de jornalistas | KCNA/AFP
Bill Clinton posa com Kim Jong-il, em Pyongyang, após negociar a libertação de jornalistas (Foto: KCNA/AFP)
Euna Lee, 36 anos, uma das jornalistas presas |

1 de 4

Euna Lee, 36 anos, uma das jornalistas presas

Lisa Ling (3º), 32 anos, estava junto com Euna Lee |

2 de 4

Lisa Ling (3º), 32 anos, estava junto com Euna Lee

Veja que relações ficaram conturbadas após início do programa nuclear |

3 de 4

Veja que relações ficaram conturbadas após início do programa nuclear

Veja o local onde as jornalistas ficaram detidas |

4 de 4

Veja o local onde as jornalistas ficaram detidas

Pyongyang - Em surpreendente viagem à Co­­reia do Norte, o ex-presidente dos EUA Bill Clinton (1993-2001) obteve de Pyongyang na madrugada de ontem (horário local) "perdão especial’’ às jornalistas americanas condenadas em junho a 12 anos de trabalhos forçados.

Euna Lee, 36 anos, e Laura Ling, 32, foram detidas em março na fronteira com a China e, mais tarde, condenadas por entrar ilegalmente na Coreia do Norte e promover "atos hostis’’ contra o país. Elas trabalhavam na empresa de mídia fundada pelo ex-vice de Clinton, Al Gore.

O gesto de conciliação sucede uma escalada de tensões entre o regime do ditador Kim Jong Il e o Ocidente, provocada pela realização, pela Coreia do Norte, do se­­gundo teste nuclear da sua história no final de maio.

A detonação do artefato, seguida de uma série de manifestações de hostilidade de Pyongyang em relação aos EUA e aliados regionais, sobretudo Coreia do Sul e Ja­­pão, motivou a aprovação de no­­va resolução na ONU endurecendo sanções.

A libertação das jornalistas foi obtida após o que a imprensa oficial norte-coreana descreveu co­­mo "exaustivas conversações’’ de Clinton com Kim. O ditador ofereceu ao ex-mandatário norte-americano um jantar ao qual compareceram vários de seus principais auxiliares.

A visita aconteceu apenas se­­manas após o regime norte-coreano ter chamado a atual secretária de Estado dos EUA, Hillary Clin­­ton, de "vulgar’’ e "pouco inteligente’’. A chanceler do governo Barack Obama havia dito que o país asiático comporta-se como "criança que quer atenção’’.

O ex-presidente chegou a Pyongyang pela manhã (local) em avião sem identificação e foi recebido por uma delegação oficial que incluía o vice-chanceler – e principal negociador nuclear – e uma estudante que lhe entregou flores.

A delegação de Clinton deixou o país ontem mesmo, segundo a agência oficial norte-coreana KCNA. A assessoria do ex-presidente disse que as duas jornalistas também deixaram o país e seguiram para os EUA.

O ex-mandatário é a mais proeminente personalidade norte-americana a ir ao país desde a sua própria secretária de Estado, Ma­­deleine Albright, que estivera em Pyongyang em 2000.

As famílias de Ling e Lee divulgaram uma nota manifestando "enorme satisfação’’ pela decisão de Pyongyang de perdoá-las e agra­­decendo a Clinton e Gore – que, segundo especulações, teria pedido ao ex-mandatário para ir ao país.

Mensagem

Durante o dia, a agência oficial divulgou nota afirmando que Clinton havia repassado ao ditador norte-coreano uma mensagem oficial de Obama."Kim Jong Il expressou agradecimento (pela suposta mensagem)’’, disse a KCNA, que afirmou também ter havido "uma ampla discussão so­­bre assuntos de interesse comum’’.

A informação foi negada tanto pelo porta-voz da Casa Branca, Ro­­bert Gibbs, quanto por David Axel­­rod, um dos principais assessores do presidente norte-americano. Analistas consideram im­­provável que uma viagem dessa importância tivesse sido realizada sem o envolvimento da Casa Branca.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.