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Um clube turco de futebol anunciou nesta quinta-feira (18) que demitiu o jogador israelense Eden Kartsev por ter pedido em redes sociais, no último domingo (14), a libertação dos reféns sequestrados pelo Hamas durante os ataques terroristas de 7 de outubro.
O clube justificou a decisão com base no fato de que o comentário do jogador "contradiz a sensibilidade da Turquia". "Como resultado do processo disciplinar realizado pelo nosso clube, uma multa pecuniária foi imposta ao jogador, de acordo com os regulamentos disciplinares do clube, e foi considerado apropriado que o jogador continue a sua carreira no exterior", informou em comunicado.
De acordo com o texto, Eden Kartsev havia sido advertido no domingo sobre a situação e na segunda-feira (15) foi convocado para apresentar sua defesa perante o comitê disciplinar do clube, embora já tivesse retirado a mensagem.
A publicação de Kartsev em sua conta pessoal no Instagram reproduziu uma mensagem da Federação Sionista da Austrália com os dizeres: "100 dias. 136 israelenses estão em cativeiro do grupo terrorista Hamas por 100 dias. Traga-os de volta imediatamente".
Embora o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, tenha se oferecido para mediar os esforços diplomáticos para libertar os reféns, o mandatário também enfatizou que não considera o Hamas um grupo terrorista, mas um grupo patriótico que defende seu território.
Kartsev, de 23 anos, jogou em vários clubes israelenses e assinou contrato com o clube turco em janeiro de 2023.
Outro jogador israelense, Sagiv Jehezkel, foi suspenso de seu clube na última segunda-feira (15) e detido por pouco tempo por comemorar um gol exibindo uma braçadeira com a mensagem "100 dias" e a data 7 de outubro, uma referência ao ataque do Hamas. Jehezkel retornou a Israel em um avião particular no mesmo dia, e o jornal regional turco Yeni Asir noticiou ontem que Kartsev também viajaria para Israel em breve.