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Nicolás Maduro comemora enquanto a presidente do Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, Tibisay Lucena, proclama o herdeiro político de Hugo Chávez como vencedor das eleições | Carlos Garcia Rawlins/Reuters
Nicolás Maduro comemora enquanto a presidente do Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, Tibisay Lucena, proclama o herdeiro político de Hugo Chávez como vencedor das eleições| Foto: Carlos Garcia Rawlins/Reuters

Capriles convoca "panelaço" e mobilizações para exigir recontagem de votos

O candidato opositor à presidência da Venezuela, Henrique Capriles, pediu nesta segunda-feira (15) um "panelaço" e mobilizações nas ruas do país para exigir a recontagem de votos.

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EUA dizem que é necessária auditoria

A Casa Branca disse nesta segunda-feira (15) que realizar uma auditoria da eleição presidencial da Venezuela, vencida por estreita margem pelo sucessor escolhido pelo ex-líder Hugo Chávez, Nicolás Maduro, é um passo necessário e prudente.

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Forças Armadas garantirão respeito ao resultado das eleições

O ministro da Defesa da Venezuela, Diego Molero, assegurou que as Forças Armadas são fiadoras do resultado das eleições deste domingo (14), nos quais foi eleito o presidente encarregado Nicolás Maduro, e que o farão ser respeitado. Molero felicitou em nome das Forças Armadas tanto os ganhadores como aqueles que "não puderam obter a vitória", e pediu a eles "solidariedade, irmandade, tranquilidade e para manterem a calma".

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A presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, Tibisay Lucena, proclamou nesta segunda-feira (15) Nicolás Maduro, 50, como presidente eleito do país e rejeitou a petição do candidato derrotado Henrique Capriles de recontagem manual dos votos da eleição deste domingo.

Na ata de proclamação, Lucena leu os resultados do CNE: Maduro obteve 50,75% dos votos, contra 48,97% de Capriles.Pesquisas anteriores à eleição indicavam que Maduro, herdeiro político do ex-presidente Hugo Chávez, venceria Capriles por 15 a 20 pontos percentuais.

Em outubro do ano passado, Capriles perdeu as eleições presidenciais frente a Chávez por 11 pontos percentuais.

A presidente do CNE instou Capriles a buscar as instâncias legais para reclamar dos resultados das urnas, citando que a Venezuela é um Estado de Direito.

"Não será o acosso, a ameaça ou amedrontamento as vias para conseguir coisas no Poder Eleitoral", disse ela ao opositor, que convocou um panelaço para esta noite e protestos para amanhã e quarta-feira caso suas exigências não fosse atendidas.

Na Venezuela, o Supremo Tribunal de Justiça é alinhado ao governo - seus integrantes foram indicados pela maioria chavista da Assembleia Nacional.

A cúpula do CNE, formada por cinco pessoas, também é alinhada ao governo, com exceção de Vicente Díaz, ligado à oposição. Díaz, que defendia a recontagem, não participou da proclamação de Maduro.

Distúrbios

Enquanto a cerimônia ocorria, moradores do leste rico de Caracas, uma base antichavista, promoviam um panelaço, sem esperar a hora indicada por Capriles.

Segundo as agências de notícias, milhares de estudantes entraram em confronto em Caracas com a Guarda Nacional, que disparou gás lacrimogêneo e balas de borracha contra os manifestantes. Os estudantes atiraram pedras e pedaços de concreto contra a polícia.

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