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Guerra

Coalizão admite dar dinheiro e armas para rebeldes da Líbia

Em Londres, simpatizantes de Muamar Kadafi rasgam bandeira que tem sido usada pelos rebeldes que tentam derrubar o regime líbio; o Reino Unido aumentou ontem a pressão contra o ditador | Suzanne Plunkett/Reuters
Em Londres, simpatizantes de Muamar Kadafi rasgam bandeira que tem sido usada pelos rebeldes que tentam derrubar o regime líbio; o Reino Unido aumentou ontem a pressão contra o ditador (Foto: Suzanne Plunkett/Reuters)

Londres - A coalizão aliada que promove as operações militares na Líbia admitiu ontem estudar meios de prestar auxílio financeiro a rebeldes contra o ditador Muamar Kadafi e não descartou fornecer armas aos insurgentes líbios.

A decisão é nova evidência do alinhamento a opositores líbios, ultrapassando os termos da resolução da ONU.

Reunidos em Londres para debater o futuro da intervenção militar no país, representantes dos países envolvidos defenderam a ideia de que o mandato da ONU permite a revisão do embargo à Líbia.

"A nossa interpretação é de que a resolução [da ONU] alterou a proibição de fornecimento de armas a qualquer destinatário na Líbia, de modo que poderia haver a transferência legítima de armas", afirmou a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton.

Em entrevistas a emissoras americanas, o presidente Barack Obama prometeu pressionar Kadafi até a sua renúncia e também não descartou enviar armas a rebeldes.

A chanceler americana ne­­gou, no entanto, que uma de­­ci­­são nesse sentido já tenha sido tomada, admitindo apenas que "meios não letais" de auxílio às forças rebeldes foram discutidos no encontro.

"Discutimos formas de habilitar o Conselho Nacional de Tran­­sição [governo paralelo rebelde] a ter suas necessidades financeiras", disse.

Recursos

Uma possibilidade é que os países aliados utilizem os cerca de US$ 33 bilhões ligados a Kadafi congelados e fornecer auxílio à oposição.

O representante do conselho rebelde no encontro de Londres, por sua vez, defendeu abertamente o fornecimento de armas à oposição.

"Não temos armas. Queremos apoio político mais que armas. Mas se tivéssemos os dois seria ótimo", afirmou o chefe de im­­prensa do conselho, Mahmoud Shammam.

A coalizão liderada por Esta­­dos Unidos, França e Reino Uni­­do defendeu a continuidade dos ataques até que o ditador Muamar Kadafi aceite promover cessar-fogo.

Hoje, o comando militar das ope­­rações deve ser transferido à Otan (aliança militar ocidental), atendendo ao desejo dos EUA de limitar o envolvimento em novo conflito.

Os países aliados acertaram a formação de um conselho de acompanhamento das operações formado por ONU, União Europeia, Liga Árabe, União Africana e a Conferência Islâ­­mica. A primeira reunião do grupo será no Qatar.

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