O cessar-fogo que entrou em vigor em 15 de dezembro no Iêmen, mas violado diariamente desde então, terminou oficialmente neste sábado, anunciou a coalizão militar árabe que apoia o governo iemenita na luta contra os rebeldes xiitas.
A trégua foi decretada pelo governo iemenita para marcar o início das primeiras negociações diretas entre as partes em conflito, que foram realizadas entre os dias 15 e 20 de dezembro sob os auspícios da ONU na Suíça.
O cessar-fogo foi então prorrogado, mas os combates, bombardeios, tiros de mísseis e ataques aéreos continuaram em várias regiões do país.
“O comando da coalizão da coalizão (árabe-sunita) anuncia o fim da trégua no Iêmen a partir das 14h00 local deste sábado”, indica uma declaração oficial, que acusa os rebeldes de aproveitar a situação para avançar no terreno.
A coalizão liderada por Riad realiza desde março ataques aéreos e operações terrestres contra os huthis que apreenderam grandes porções do território, incluindo a capital Sanaa, de onde foi expulso o governo reconhecido pela comunidade internacional.
Além da Arábia Saudita, Bahrein e Marrocos, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Catar, Egito e Sudão estão envolvidos nesta coalizão.
Motivos
A trégua foi interrompida devido à continuação dos “ataques rebeldes” contra o reino saudita, visado especialmente por lançamentos de mísseis balísticos nas últimas duas semanas, informa o comunicado da coalizão, citado pela agência oficial saudita SPA.
Um deles, contra a cidade de Abha, foi interceptado sexta-feira à noite, indicou a declaração, informando que a plataforma de lançamento de míssil foi “localizada e destruída”.
Além dos mísseis, a coalizão relatou ataques rebeldes contra postos de fronteira sauditas e outras operações que dificultaram o envio de ajuda humanitária.
Os rebeldes xiitas huthis também “continuaram a bombardear residências e matar ou deter civis iemenitas nas cidades sob seu controle”, afirma o comunicado.
“Tudo isso prova que os milicianos (huthis) e seus aliados não são sérios e utilizam claramente a trégua para fazer ganhos”.
Desde 18 de dezembro, enquanto as negociações estavam em andamento na Suíça, as forças pró-governamentais apoiadas por tribos lançaram uma ofensiva no norte e recuperaram várias localidades.
Os rebeldes responderam atirando meia dúzia de mísseis balísticos contra a Arábia Saudita nas últimas duas semanas. Quase todos foram interceptados.
Após as discussões na Suíça, a ONU anunciou que uma nova rodada de negociações será realizada a partir de 14 de janeiro.
As forças pró-governo conseguiram recuperar cinco províncias do sul desde o último verão, mas lutam para restaurar a segurança e a autoridade do Estado nessas regiões.
Grupos jihadistas como a Al-Qaeda e o Estado Islâmico aproveitaram-se do caos criado pela guerra para reforçar a sua presença, especialmente na grande cidade de Áden.
Desde março, o conflito fez cerca de 6.000 mortos, 28.000 feridos e 2,5 milhões de deslocados.
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