O presidente do Chile, Gabriel Boric, deu entrevista neste domingo no Palácio de La Moneda, em Santiago| Foto: EFE/Presidência do Chile
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A coalizão governista no Chile, liderada pelo presidente Gabriel Boric, sofreu um revés parcial neste final de semana nas eleições locais, perdendo importantes prefeituras, sendo a mais dolorosa a de Santiago, onde a comunista Irací Hassler foi derrotada pelo candidato de direita Mario Desborde.

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Segundo os dados eleitorais atualizados nesta segunda-feira (28), a coalizão Contigo Chile Mejor, que abriga o partido do governo - Frente Ampla - conseguiu 111 prefeituras das 345 em disputa, enquanto a direita tradicional, representada pelo Chile Vamos, conquistou 122.

Isso significa que a principal coalizão da oposição acumulou 36 novas prefeituras, enquanto a coalizão que Boric faz parte perdeu 40.

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A direita chegou a melhores resultados nessas eleições em comparação há quatro anos, no entanto contou com perdas de peso, como a de Puente Alto, a comuna mais populosa do país que mudou de lado político após quase três décadas sendo administrada pelos conservadores.

Essa foi a primeira eleição desde a reforma constitucional de 2022, que instituiu o voto obrigatório. Ao todo, mais de 15 milhões de pessoas estavam registradas para votar.

Além dos prefeitos, os chilenos definiram vereadores, governadores regionais e representantes regionais. A votação é considerada um termômetro para o pleito que definirá o próximo líder do país sul-americano, no próximo ano.

Apesar das perdas, o presidente chileno disse "estar satisfeito" com o desempenho da aliança de esquerda nas eleições locais. "Nenhuma força política pode reivindicar vitórias esmagadoras nas eleições municipais e regionais realizadas neste domingo", disse Boric em um discurso no Palácio Presidencial.

“As previsões catastróficas de ambos os lados não se concretizaram, temos um país diverso e temos o dever de viver melhor uns com os outros”, acrescentou o presidente.

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