Os aviões da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos lançaram nesta terça-feira (23) mais de 50 ataques contra alvos do grupo Estado Islâmico (EI) em várias províncias do norte da Sírias, onde causaram um número indeterminado de vítimas, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos.
Os bombardeios ocorreram nas províncias de Al Raqqah - bastião principal do EI -, Deir ez Zor, Al Hasaka e Aleppo e afetaram também posições da jihadista Frente al Nusra, filial da Al Qaeda na Síria e que em princípio não era branco da coalizão.
Em Al Raqqah, a aviação internacional lançou 20 bombardeios contra bases e postos de controle da organização extremista na cidade de mesmo nome, seu principal bastião no território sírio, e em sua periferia norte e oeste, assim como nas localidades de Tel Abiad, Tabaqa e Ain Aisa.
Um dos alvos dos ataques foi a antiga sede do governo provincial de Al Raqqah, que o EI tinha transformado em um de seus quartéis mais importantes.
Nestes bombardeios, houve várias vítimas, entre elas extremistas, apesar de o EI ter evacuado suas bases na semana passada perante a iminência da ofensiva americana.
Enquanto isso, em Deir ez Zor, os aviões internacionais efetuaram 22 ataques contra as bases do EI na cidade de Al Bukamal, fronteiriça com o Iraque, e seus arredores, e lançaram outros oito na periferia leste da cidade de Deir ez Zor.
O ativista Mohammed al Jalif, da opositora Rede Sham, explicou à Agência Efe pela internet que os bombardeios em Al Bukamal atingiram a Escola Industrial - uma das bases do EI na região - e vários silos e postos de controle dos jihadistas.
Segundo Jalif, há um número indeterminado de mortos e feridos e os ataques causaram a destruição de muitos edifícios.
Em Aleppo, a aviação internacional atingiu três quartéis da Frente al Nusra na fronteira entre esta província e Idlib, onde deixou 15 mortos -sete combatentes dessa organização e oito civis.
O EI evacuou suas bases na cidade de Manbech, em Aleppo, e impôs um toque de recolher em Al Bab, um de seus feudos mais importantes nesta região.
Outra província síria alvo da ofensiva foi Al Hasaka, onde a coalizão internacional atacou três posições do EI nos povoados de Al Hul e Al Shadadi.
O porta-voz do Departamento de Defesa americano, contra-almirante John Kirby, anunciou ontem à noite em comunicado que seu país e "nações aliadas" tinham iniciado a ofensiva de ataques aéreos contra o EI, com uma combinação de caças, bombardeiros e mísseis Tomahawk.
Fontes oficiais citadas pelos jornais "The Washington Post" e "The New York Times" detalharam que na operação estão envolvidos cinco países árabes: Bahrein, Jordânia, Catar, Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos.
Os bombardeios acontecem na capital de fato do EI na Síria, Raqqa, e seus alvos são 20 pontos estratégicos dos jihadistas, entre eles campos de treinamento, arsenais e postos de controle.
Com o início dos ataques na Síria já estão em andamento todas as operações da ofensiva contra o EI anunciadas por Obama em um solene discurso à nação no último dia 10 de setembro.
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