O Irã fechou nesta sexta-feira (12) os colégios eleitorais nas eleições presidenciais no país, segundo o Ministério do Interior. Eleitores que já estavam nas filas continuam votando.
Segundo o governo, o comparecimento às urnas foi de cerca de 70% dos 46 milhões de iranianos habilitados para votar.
O atual presidente, Mahmoud Ahmadinejad, busca a reeleição contra o independente pró-reformista Mir Hussein Moussavi, o clérigo aberturista Mehdi Karroubi e o conservador Mohsen Rezaei.
Especialistsa acreditam numa disputa apertada entre Ahmadinejad e Moussavi, que disputariam um 2º turno em 19 de junho.
Longas filas se formaram nos postos eleitorais da capital Teerã e de outros lugares. Algumas pessoas disseram ter esperado mais de duas horas para depositar seu voto.
A alta participação pode indicar a presença de muitos eleitores pró-reformas que se abstiveram quando Ahmadinejad conquistou uma surpreendente vitória nas urnas quatro anos atrás com a promessa de retomar os valores da revolução islâmica de 1979.
Uma vitória de Mousavi ajudaria a diminuir as tensões entre Teerã e o Ocidente, que tem preocupação com as ambições nucleares do Irã, e aumentaria as chances de um entendimento com o presidente dos EUA, Barack Obama, que tem falado sobre um recomeço nas relações entre os dois países.
Para os iranianos, a eleição é uma chance de julgar os quatro anos de governo de Ahmadinejad, particularmente sua administração da economia exportadora de petróleo da República Islâmica, que sofre com alta inflação e o desemprego. Ali Khamenei
Um dos primeiros a votar foi o líder superior, Ali Khamenei, que chegou à mesquita Imame Khomeini, em Teerã, às 8h10 (horário local) para depositar seu voto.
O líder pediu aos iranianos que votem e se expressem com uma alta participação, "porque o sentimento político do povo será reconhecido".
Khamenei também pediu que todos tenham ética e que o pleito seja limpo.
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