Os colégios eleitorais abriram neste domingo no Paraguai às 7h local (8h, horário de Brasília) para a sexta eleição geral desde que foi instaurada a democracia e 3,5 milhões de pessoas foram convocadas.
Os paraguaios elegerão o presidente e vice-presidente da República, além dos deputados e senadores de seu Parlamento bicameral, os governadores e membros de suas 17 juntas departamentais e os representantes do país no Parlasur.
As urnas permanecerão abertas até as 16h local (17h, horário de Brasília) e os resultados preliminares serão conhecidos quatro horas depois, informou à Agência Efe um porta-voz do Tribunal Superior de Justiça Eleitoral (TSJE).
Dos 3.516.273 cidadãos com direito a voto, 21.981 poderão votar no exterior, em colégios habilitados na Argentina, Espanha e Estados Unidos.
No pleito serão eleitos o presidente e vice-presidente da República, 80 deputados e 45 senados, 17 governadores e 228 membros dejuntas deparmentais, e os 18 legisladores representantes do Paraguai no Parlasur, o Paralmento do Mercosul.
11 candidatos aspiram o cargo de presidente do Paraguai, embora as enquetes coloque Horacio Cartes (Partido Colorado) e Efraín Alegre (Aliança Paraguai Alegre) como os favoritos.
Alegre, do governante Partido Liberal, aceitou sua candidatura com um pacto no último dia 3 com a União Nacional de Cidadãos Éticos (Unace, terceira força do país) do falecido Lino Oviedo, cujos militantes foram chamados a dar o "voto útil" ao candidato liberal.
O resto de candidatos são os esquerdistas Mario Ferreiro (do Avança País, que as enquetes colocam como nova terceira força no futuro Parlamento), Lilián Soto de Kuñá Pyrendá (Plataforma de Mulheres, em guarani) e Aníbal Carrillo, da Frente Guasú, pelo qual o ex-presidente Fernando Lugo concorre ao Senado.
Com mínimas possibilidades, segundo as pesquisas, estão Miguel Carrizosa (Partido Pátria Querida), Roberto Ferreira (Partido Humanista), Ricardo Almada (Partido Blanco), Eduardo Arce (Partido dos Trabalhadores) e Atanasio Galeano (Partido Pátria Livre).
No total, 27 partidos políticos, 18 movimentos políticos e 7 alianças concorrem nessas eleições gerais, as sextas no país após o fim da ditadura de Alfredo Stroessner em 1989.
As eleições transcorrerão nos 249 distritos do país, em 1.060 locais de votação com 17.527 mesas eleitorais (60 delas no exterior).
Do pleito de hoje surgirá o sucessor do atual chefe de Estado, o liberal Federico Franco, que completa o mandato de Fernando Lugo, destituído em 22 de junho de 2012.
Cerca de 500 observadores internacionais vigiarão o processo eleitoral, entre eles missões da União Europeia (UE), a Organização dos Estados Americanos (OEA), a União de Nações Sul-americanas (Unasul) e o Parlasur.