O general Colin Powell, ex-secretário de Estado dos Estados Unidos durante o governo do presidente George W. Bush, morreu nesta segunda-feira (18) em decorrência da Covid-19, aos 84 anos, revelou sua família por redes sociais.
Em comunicado, a família informou que Powell estava completamente vacinado contra o coronavírus e que estava sendo tratado no Centro Médico Militar Nacional Walter Reed, nos arredores de Washington D.C.
Colin Powell havia feito um tratamento bem sucedido contra mieloma múltiplo, um tipo de câncer nas células brancas da medula óssea, o que enfraqueceu o seu sistema imunológico, afirmou a sua assessora Peggy Cifrino, segundo a NBC e o New York Times. Pacientes com esse tipo de câncer são considerados imunossuprimidos e têm maior risco de desenvolver quadros graves de Covid-19. As vacinas tendem a ter menor eficácia nesse grupo.
"O general Colin L. Powell, ex-secretário de Estado dos EUA e chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, faleceu nesta manhã devido a complicações da Covid-19", escreveu a família Powell no Facebook. "Perdemos um marido, um pai, um avô notável e amoroso e um grande americano", continua a nota.
Powell lutou na guerra do Vietnã e depois se tornou um importante assessor militar para vários políticos americanos. O general foi o primeiro negro a atuar como chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas e secretário de Estado dos EUA. Ele foi conselheiro de segurança nacional durante o final da presidência de Ronald Reagan e foi nomeado chefe da diplomacia americana em 2001, no governo do republicano George W. Bush. Sua liderança ajudou a dar forma à política externa dos EUA na virada do século.
Em 2003, Powell discursou no Conselho de Segurança da ONU e defendeu a intervenção militar dos EUA no Iraque, citando informações que alegavam que o ditador Saddam Hussein possuía um estoque de armas de destruição em massa.
No entanto, inspetores não encontraram esse tipo de armamento no Iraque. Dois anos depois do discurso de Powell na ONU, um relatório do governo americano concluiu que a avaliação da comunidade de inteligência do país sobre as armas de destruição em massa no Iraque antes da invasão americana estava "completamente errada".
Powell deixou o Departamento de Estado em 2005, após pedir demissão. Em entrevistas feitas posteriormente, ele disse que considerava o seu discurso na ONU uma "mancha" no seu histórico.
"Eu me arrependo agora porque a informação estava errada. Claro que me arrependo", disse ele ao entrevistador da CNN Larry King em 2010. "Mas eu sempre serei visto como a pessoa que defendeu o caso perante a comunidade internacional".
Mais tarde, Powell se distanciou do Partido Republicano e apoiou a candidatura à presidência do democrata Barack Obama, nas semanas finais da campanha de 2008.
Powell deixa a sua esposa, Alma Vivian Powell, com quem era casado desde 1962, e três filhos.
George W. Bush afirmou que está "profundamente triste" com a notícia do falecimento de Powell. "Ele tanto era o favorito dos presidentes, que foi condecorado com a Medalha Presidencial da Liberdade duas vezes", disse Bush. "Ele era altamente respeitado no país e no exterior. E, mais importante, Colin era um homem de família e um amigo".
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